O quanto ainda temos que caminhar?
Quais iniciativas nos impulsionam a caminhar para um mundo mais justo e com mais equidade? Astrid Fontenelle e Adriana Barbosa conversam sobre progresso coletivo
Na Casa Tpm 2021, Adriana Barbosa, CEO e criadora da Feira Preta, bateu um papo com a apresentadora Astrid Fontenelle sobre o quanto ainda temos que caminhar para alcançar um mundo com mais equidade.
Adriana é uma empresária de sucesso. Começou a empreender por necessidade e criou o que é hoje o maior evento de empreendedorismo negro da América Latina. Seu trabalho é tão gigante que, em 2019, foi eleita um dos 51 negros mais influentes do mundo. “Vira e mexe me chamam pra falar de sucesso, mas eu não quero falar só de sucesso”, disse. “Uma trajetória de empreendedora é marcada também pelos fracassos, pelos erros. E eu celebro os erros porque eles me ajudaram muito a construir uma trajetória de sucesso.”
Nos quase vinte anos de Feira Preta, Adriana viu o contexto cultural brasileiro mudar. Para ela, hoje o cenário é de maior aceitação entre a população negra: “Se hoje o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo – só perde pra Nigéria – é por conta de um processo de autodeclaração, por conta de uma questão subjetiva da população negra em se reconhecer negra. Foi pela cultura que nos afirmamos como pretos. Foi pelo Olodum, pelo Ilê, pelos Racionais, por todos os movimentos culturais pretos que ajudaram a contar nossa história. E, à medida que eu me reconheço negra, eu reivindico os meus direitos em diversos segmentos”.
A empresária refletiu também sobre o quanto é positivo que empresas se engajem cada vez mais na luta por um mundo mais justo em suas campanhas, mas como também é necessário olhar para quem ocupa os cargos de liderança nessas empresas. “Ter pessoas negras em cargos de liderança é fundamental. Essas pessoas negras, com letramento racial, conseguem fazer processos sistêmicos de transformação dentro dessas empresas”. Dá o play pra conferir o papo oferecido por Johnnie Walker:
Assista também
Daniela Klaiman, à convite de JOHNNIE WALKER disse que o futuro aponta para uma caminhada de mãos dadas. A futurista refletiu para a Casa Tpm sobre o que ela chama de “novo coletivo”, modo de pensar e de construir relações da Geração Z. É hora de parar e repensar tudo o que pensávamos conhecer.