Pausa para fazer arte
Desenhar pode ser uma ótima ideia para os momentos de pausa. Mariane Ayrosa, que deu uma aula de ilustração na Casa Tpm, dá dicas para quem quer arriscar
Mariane Ayrosa, ou simplesmente Mari, desenha desde sempre. Não foi necessário sentir um dom específico ou uma missão para ser artista, ela se dedicou aos estudos e principalmente à prática para aprimorar sua arte. Hoje, aos 26 anos, designer digital e ilustradora, ela conta que escolheu a profissão pelo amor que nasceu do ato de desenhar.
“Durante minha infância e juventude, o desenho sempre foi uma válvula de escape. Depois que entrei na faculdade, ele se tornou o meu meio de trabalho. Tento colocar o desenhar em tudo o que eu faço”, diz.
O significado da arte veio de maneira natural e até mesmo inconscientemente para Mari. Aos poucos, ela foi percebendo que era possível transmitir ideias e sentimentos através de seus desenhos. Ou seja, descobriu um potente veículo de comunicação. E não importava a ferramenta ou a técnica que utilizava, a essência dessa descoberta sempre foi o sentir.
“O que você sente ao desenhar ou fazer alguma arte é a essência. E todas as pessoas, mesmo as que não se consideram talentosas, devem tentar. Acredito que a arte é uma tradução dos nossos sentimentos. Então, todos somos capazes. E é subjetivo, sabe? Não é uma questão de bonito ou feio, é o prazer de se expressar.”
Mãos à… caneca!
Mari foi responsável por duas aulas de técnicas básicas de ilustração e lettering na Casa Tpm, em um oferecimento de Melitta. Com a sala lotada, tanto no sábado quanto no domingo, ela se emocionou com cada uma das participantes que estavam lá, em pleno fim de semana, dispostas a quebrarem alguns bloqueios para ilustrarem suas canecas.
“A vontade das pessoas de se entregarem àquele processo realmente me marcou. Elas de fato queriam soltar a mão e se permitirem fazer uma arte, independentemente do resultado ou do que as pessoas iriam achar do que estavam fazendo”, relembra.
As alunas estavam buscando um espaço de troca, um momento livre e oportuno para descobrirem — ou se entregarem — a novos processos artísticos. Muitas disseram ser difícil encontrar tempo para isso com a rotina lotada de afazeres e responsabilidades. “Algumas realmente esboçaram certa surpresa quando viram que era possível fazer uma composição incrível com elementos simples. Acho que essa descoberta fez com que elas ficassem empolgadas por participarem e personalizarem suas canecas”, reflete a designer.
Durante a aula, ficou claro que tempo é uma questão muito relativa. Ter um momento de pausa no dia para fazer algo que tenha importância é essencial para criar momentos de conexão com nossa mente e nosso corpo. Ficou a fim de começar? “O importante é fazer o que você está sentindo. Procurar referências e se atentar aos detalhes. Formas simples replicadas muitas vezes formam composições lindas”, aconselha Mari.
Mãos à obra?
Créditos
Imagem principal: Zé Proença