por: Australian Gold

A primeira vez a gente nunca esquece

apresentado por Australian Gold

Na etapa brasileira do Mundial de Surf da WSL na praia de Itaúna, em Saquarema (RJ), surfistas profissionais e amadores contam suas lembranças mais marcantes naquelas ondas

Altas ondas, pôr do sol incrível e uma torcida pra lá de contagiante. Quem já foi a Saquarema (RJ) durante uma competição sabe por que a praia de Itaúna é considerada o Maracanã do Surfe. A pouco mais de 100 quilômetros da capital do Rio de Janeiro, a cidade costuma oferecer algumas das ondas mais potentes do Brasil e mais uma vez recebeu, entre os dias 23 e 30 de junho, a etapa brasileira do Mundial de Surf da WSL. Na primeira vez de Australian Gold patrocinando a WSL, perguntamos a surfistas amadores e profissionais quais foram as experiências marcantes que já viveram por lá. O lugar é tão mágico que já mudou a vida de quem é apaixonado pelas ondas, como a fotógrafa Ana Catarina. "Aqui eu tive o primeiro contato com a minha câmera, em um workshop em 2013, e foi a forma que encontrei de participar do surf. Fotografar em Saquarema mudou a minha vida. Eu abandonei um emprego de 12 anos para viver do surf", conta. Mas nem tudo são flores. A potência do oceano saquaremense também é responsável por muitos perrengues memoráveis, lembrados com bom humor pelos surfistas. "Na primeira sessão aqui eu peguei altas ondas, mas tomei cada caldo... Acho que até hoje deve ter água no meu cérebro! O mar estava muito pesado na Barrinha de Saquarema, aí, caí de costas em uma onda, levei mais três ondas na cabeça e a minha prancha quebrou. Foi punk!", relata o ator Paulinho Vilhena.

Quando tinha apenas 15 anos, a ex-competidora Claudinha Gonçalves, hoje comentarista de surf na SporTV, encarou um perrengue inesquecível em Saquarema. "Tinha acabado de me tornar surfista profissional e lembro que meu pai até brincou comigo: 'Menina, toma cuidado, lá eu tomei o pior caldo da minha vida!'. Em uma bateria que disputei, levei uma série enorme na cabeça e quase perdi a camisa de lycra", conta.

Além da força das ondas, a beleza do lugar e o clima de estádio de futebol nas areias é o que torna Saquarema tão apaixonante. "É a minha primeira vez aqui e achei o lugar mágico. A onda é forte, o lugar é um paraíso e a galera vibra muito no campeonato. A cidade, por ser menor, faz com que todos se encontrem facilmente, então fica um astral maneiro", elogia o influenciador digital Arthurzinho. Outra influenciadora digital e praticante do esporte que só teve boas experiências em Saquarema foi Rachel Apollonio. "Minha primeira vez no mar aqui foi há uns dois ou três anos. Eu fiquei muito empolgada, pensando: 'Nossa, eu estou surfando em uma onda de campeonato, que legal'. As ondas estavam maiores do que as que estou acostumada, mas eu amei", lembra.

Árbitro de surfe, o niteroiense Rubens Goulart frequenta Saquarema há muitos anos e conta que conheceu a praia de Itaúna de forma despretensiosa. "Há muitos anos, saí de Niterói com alguns amigos em direção a Cabo Frio e decidimos passar em Saquarema. Foi impressionante, as ondas estavam perfeitas. A gente não acreditou e até brincou: 'É melhor parar por aqui mesmo'", ri.

Quando as ondas estão bombando, a praia de Itaúna impressiona até mesmo surfistas que já viajaram pelo mundo todo, como o produtor audiovisual português Filipe Bruno. "A primeira vez que surfei em Saquarema foi de dar arrepios. Quando cheguei onde as ondas quebram vi que elas eram duas, três vezes maiores do que parecem da areia. Estar ali surfando no meio dos profissionais ficou registrado na minha cabeça. Eu amo esse lugar, ele respira surf", diz.

A potência do oceano não poupa nem os surfistas locais. Atleta profissional da região, Arthur Máximo já experimentou a sensação de atingir o fundo do oceano em um dia de ondas grandes e volumosas (e olha que a Laje de Itaúna é profunda!). "O pior caldo foi aqui mesmo, no Point de Itaúna. Tomei uma bomba na cabeça, o mar tinha uns 5 metros e estava atrás da Laje. A minha cordinha partiu e eu cheguei a tocar lá no fundo do mar!", lembra.

Uma roupa de borracha adequada também é muito recomendada, já que as águas de Saquarema costumam ficar bem frias – ou melhor, geladas. "O que me chamou atenção logo de cara aqui foi a água ultragelada. Foi um dos mares mais frios em que já surfei no Brasil. E ainda tomei uma onda na cabeça e a água entrou pela roupa de borracha. Quase congelei", lembra Fernando Gonzalez, especialista em marketing. Para o educador físico Glênio Luiz, a situação é ainda mais difícil se você vier de um estado como o Espírito Santo, onde o mar tem uma temperatura bem diferente. "Sem dúvida, o que marcou o meu primeiro surf em Saquarema foi a água gelada. Nós, capixabas, não estamos acostumados, então depois de 40 minutos na água saímos parecendo pinguins, cheios de calafrios. Nas viagens seguintes viemos mais preparados, com a roupa de borracha adequada. Fica a dica pra quem vem pela primeira vez", avisa.

Créditos

Imagem principal: Guy Kawasaki/Unplash

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