por Redação

Por meio de entrevistas com expoentes de diferentes áreas de atuação, filme promove uma reflexão sobre autoconhecimento e busca da felicidade

Por meio de entrevistas com pessoas de diferentes áreas de conhecimento e atuação, o documentário Eu maior, com lançamento previsto para março de 2013, promove uma reflexão contemporânea sobre autoconhecimento e busca da felicidade. Numa época de grandes transformações e desafios, tanto no âmbito particular quanto no coletivo, líderes espirituais, filósofos, intelectuais, médicos, artistas, esportistas, entre outros, falam sobre questões essenciais e universais que pedem níveis mais altos de discernimento e consciência individual. 

Porém, quais seriam, mais precisamente, essas mudanças e questionamentos? “Do ponto de vista individual, penso que os dramas existenciais de hoje são basicamente os mesmos do passado: quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Por que as respostas que eu tinha ontem não servem mais hoje? Talvez a correria da vida moderna tenha dado um senso de urgência maior às respostas, mas as perguntas são as mesmas”, explica Fernando Schultz, coprodutor e codiretor do documentário.

“Do ponto de vista coletivo, penso que o nível de consciência da humanidade terá que crescer bastante - e rápido - para superarmos o aquecimento global, a desigualdade social, a intolerância e outros sintomas causados pela insustentabilidade do nosso modo de vida atual. A situação é grave, mas não tenho dúvidas de que evoluiremos com ela”, completa.

O que é a felicidade? Qual é o sentido da vida? O que é o amor? Do que você tem medo? O que acontece depois da morte? Você acredita em uma força maior? No filme, perguntas como essas são respondidas (ou não) por expoentes como o escritor Rubem Alves, o músico Marcelo Yuka, o psiquiatra Flávio Gikovate, o cientista Marcelo Gleiser, o teólogo Leonardo Boff, a política Marina Silva, entre outros -, além de homenageados no Trip Transformadores, caso do professor de ioga Hermógenes, da Monja Coen e dos educadores Kaká Werá e Vanete de Almeida.

“Escolhemos entrevistados com perfis bem distintos e que, de modo geral, têm mais perguntas que respostas. O que todos têm em comum são experiências de vida que lhes trouxeram insights a respeito da sua essência”, comenta Fernando.

De acordo com as entrevistas, o autoconhecimento e a felicidade são, praticamente, indissociáveis. “E quanto mais sutil é a experiência da felicidade – isto é, menos ligada a questões materiais –, maior parece ser a ligação entre os dois”, responde Fernando. “Me vem à mente as palavras do Ricardo Lindemann, bispo da Igreja Católica Liberal e ex-presidente da Sociedade Teosófica no Brasil, que entrevistamos para o filme: 'A causa do sofrimento é a ignorância. Sem o autoconhecimento como é que vamos nos libertar, se nós causamos o nosso próprio sofrimento por ignorância?'”.

Outros temas, como a importância de compreender a beleza das coisas, a aceitação do mistério do acaso, as distintas formas de amor e a reflexão sobre a morte também ganham destaque.

Num dos trechos, o fotógrafo Araquém Alcântara diz acerca da beleza: “O revelador acontece num momento muito fugaz. Esse é o encontro com Deus, com a beleza”. Sobre o destino, o professor Hermógenes ensina: “Entrego, confio, aceito e agradeço”.

“Amor, para mim, é uma palavra desgastada. Amor tem que ser atitude. Se eu digo que te amo, minhas atitudes têm que dizer mais do que a palavra”, pontua, quanto ao amor, a educadora Vanete de Almeida. E a respeito da morte, Mário Sérgio Cortella, filósofo e doutor em educação pela PUC-SP, pondera: “Não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, para que esta vida não seja banal, superficial, fútil e pequena; nesta hora eu preciso ser capaz de fazer falta”.

O documentário é uma iniciativa da Associação Dobem, organização sem fins lucrativos fundada em 2007 por Fernando e seus três irmãos com o propósito de disseminar conhecimento voltado para um desenvolvimento integral do ser humano, de modo a proporcionar o seu bem-estar físico, mental, espiritual, social e ambiental.

Depois de ouvir tantos depoimentos, existe algum caminho que parece ser mais comum para a felicidade? “Ficou a sensação de que felicidade é algo que se deve entender, mais do que buscar. O verbo 'buscar' pode nos condicionar a pensar que a felicidade não está aqui, quando às vezes está, ainda que fora de vista”, conclui Fernando.

Rubem Alves finda: “O que eu sinto com relação à morte não é medo, é tristeza. Porque a vida é tão boa”.

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Além de patrocínio de empresas, o documentário desenvolveu uma inovadora campanha de crowdfunding com incentivo fiscal que já levantou mais de R$ 180 mil junto a 475 patrocinadores pessoa física. A meta é chegar a R$ 200 mil e a 500 patrocinadores até o final do ano. As cotas podem ser adquiridas em múltiplos de R$ 100 pelo site do Eu maior ou pela fanpage do filme. 

Vai lá: Eu maior

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