Ondas fluorescentes

por Luiz Filipe Tavares

Surfistas aproveitam brilho de algas bioluminescentes em sessões de surf noturno

Não são só os vagalumes que brilham naturalmente nas noites da Califórnia. Em um fenômeno natural não muito raro, a costa de San Diego foi invadida por uma espécie de alga bioluminescente chamada Lingulodinium Polyedrum, em um fenômeno conhecido pelos biólogos como "Maré Vermelha". Normalmente tóxico, o fenômeno é responsável pela morte de centenas de milhares de peixes anualmente, mas biólogos afirmam que essa espécie específica de plâncton não é nociva para a vida marinha ou para os banhistas. 

Boa notícia para os surfistas locais, que aproveitam a "Maré Vermelha" para animar ainda mais as sessões noturnas na costa do Estado Dourado. O cinegrafista norte-americano Loghan Call não perdeu a chance, e registrou momentos de surf em ondas fluorescentes em duas noites diferentes nas praias de Encinitas e Carlsbad, onde é possível ver o mar acender sozinho a cada remada dos surfistas e a cada arrebentação na areia. 

Entrevistado pelo jornal L.A Times, o oceanógrafo Peter J. Franks explicou um pouco melhor o que acontece com a chegada do plâncton à costa: "Esses organismos são intensamente bioluminescentes. Quando são agitados, cada microorganismo emite uma luz azul breve que é criada por uma reação química no interior da célula. Quando bilhões de células são perturbadas ao mesmo tempo, digamos que por uma onda quebrando, podemos ver esse brilho de luz espetacular."

Veja abaixo os vídeos e surpreenda-se com a maré fluorescente de San Diego.

 

(Via io9)

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