Um pequeno passo para o homem

Emílio Domingos, diretor do filme A batalha do passinho, tenta explicar tanto sucesso

por Lia Hama em

Só da ele na TV, no cinema e agora tem até escola ensinando. Emílio Domingos, diretor do filme A batalha do passinho, tenta explicar tanto sucesso

O passinho, um mix de break, frevo, samba e capoeira, virou febre na internet (o vídeo Passinho foda teve mais de 4 milhões de visualizações no YouTube), ganhou os jornais e virou tema de documentário. No mês passado, uma escola foi inaugurada na quadra da Associação dos Moradores do Borel, na zona norte do Rio, para ensinar a arte aos iniciantes. A cereja do bolo foi a final do concurso A Batalha do Passinho, com 722 participantes inscritos, no último dia 18 no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. Para entender esse fenômeno, Trip conversou com Emílio Domingos, diretor do filme A batalha do passinho, que estreia este mês nos cinemas, após ser exibido nos festivais do Rio, In Edit, em São Paulo, e Brasil Cine, em Estocolmo, na Suécia.

Qual é a origem do passinho?
Ele surgiu no baile funk do Jacarezinho nos anos 2000. Era uma forma de os garotos chamarem a atenção das meninas por meio da dança. Essa é uma das razões que tornaram o passinho tão popular: não é preciso estar em cima do palco para se destacar. Qualquer um na pista pode fazer sucesso.

Qual foi a importância do vídeo do Passinho foda para difundir o movimento?
O vídeo do Beiçola e seus amigos foi gravado com uma câmera digital num churrasco de quintal em 2008. Ele foi fundamental não só pelo número de visualizações, mas pela quantidade de pessoas que influenciou. Garotos de todos os lugares do Rio começaram a acreditar que poderiam se tornar um fenômeno e começaram a postar suas performances na internet. Os duelos começaram a acontecer não só nos bailes, mas também no YouTube. A Batalha do Passinho, que teve a final no Caldeirão do Huck, é uma formalização desses duelos que já existiam.

Quem são os garotos desses concursos?
São garotos bem jovens, de 3 a 23 anos de idade, da periferia do Rio. Grande parte são meninos, mas as meninas também começaram a dançar e a se destacar. Em comum, existe o desejo de se divertir e de se tornar famoso, ter os seus 15 minutos de fama.

O vídeo do Passinho foda original

Vai lá: A batalha do passinho, este mês nos cinemas www.facebook.com/ABatalhaDoPassinhoOFilme

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