A história está sendo escrita

Mas o que fazer quando o nosso passado não serve para orientar nosso futuro?

por Ricardo Guimarães em

Caro Paulo,

Legal lembrar o passado, principalmente quando ele nos confirma que fomos fiéis às nossas crenças e cumprimos nosso destino.

Mas o que fazer quando o nosso passado não serve para orientar nosso futuro? Como educar jovens para fazer escolhas para o futuro?

Tudo bem quando se tem 70, meu caso, porque o futuro deve ser menor que o passado, portanto o risco de erro é menos relevante. Mas o que fazer quando se educam crianças para um futuro que não sabemos como será?

Estou vivendo isso quando penso nos netos e quando estou trabalhando no conceito de uma nova escola, Rhyzos – guarde esse nome – algo muito novo e muito bom virá daí.

Sim, estou vivendo o desafio da educação no século 21; que a Folha de S.Paulo sintetizou belissimamente num seminário com o tema Inovação Educativa – 3ª edição, registrado no suplemento do dia 25 de agosto de 2018, um sábado.

Vale conhecer as experiências e os personagens retratados nas reportagens. Fiquei entusiasmado com os relatos sobre o protagonismo dos estudantes na gestão das escolas e na busca de solução dos problemas de suas comunidades locais.

Muito bom ver que uma nova sociedade está sendo preparada para assumir a gestão do seu futuro. 

O que eu li nas reportagens confirma minha experiência atual com empresários e líderes comunitários em todo o Brasil, a propósito das eleições de 2018 e da situação crítica em que nos metemos.

Tenho viajado pelo Brasil a convite de empresários que estão reconhecendo sua omissão na gestão da coisa pública e propondo agir efetivamente para influenciar a condução do Estado.

Isso é muito animador. E novo! Confessam que deixaram o Estado nas mãos dos políticos e que esses, livres, fizeram o que bem entenderam com o poder.

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Parece que o futuro não será mais assim. Vejo uma expansão de consciência e responsabilização pela coisa pública no Brasil como nunca existiu. O bom é que essa conscientização não vem do idealismo de como o Estado deve ser conduzido, mas do reconhecimento de que o Estado não pode ser deixado exclusivamente nas mãos dos políticos!

Líderes do Espírito Santo, por exemplo, já assumiram seu posto de liderança na gestão do Estado e já fizeram um plano estratégico que garante alguma continuidade à condução da coisa pública, não importa o governo. Vai indo muito bem, pelo que sei. Confira lá, no endereço es-ação.org.br.

Quanto a essas eleições de 2018, temos que mudar o Congresso para mudar as leis e garantir a efetiva renovação que vai mudar o Brasil. Então, vamos focar nas eleições para o Congresso. Avalie e vote nos candidatos da Raps e do RenovaBR, que preparam e acompanham candidatos sérios e comprometidos de verdade. Use e divulgue o temmeuvoto.com para conhecer os candidatos. #temmeuvoto é uma plataforma independente, que ajuda o eleitor a encontrar seus candidatos a deputado estadual, federal e senadores. É supersimples e fácil de usar.

Quanto a presidente, serei bem pragmático dentro dos meus princípios, em busca de um governo de transição. Minhas crenças me aproximam de Marina e me afastam radicalmente de Bolsonaro. A ética ou a prudência me afastam do PT e dos demais.

Vamos ver o que a história nos reserva.

De qualquer forma, um novo Brasil, gestado na dor e na reflexão, está sendo preparado para assumir seu destino. Trabalho para isso. Estou confiante.

Meu abraço, amigo querido,

Ricardo

Créditos

Imagem principal: Beccy McCray

Arquivado em: Trip / Futuro