Do que um homem mais carece para viver? Meios para se alimentar? Ambiente favorável à sua proliferação? Defesas contra as demais espécies? Vestuário, moradia para se proteger das intempéries? Capacidade de raciocinar, sentir e memorizar? Não. Apesar de precisar disso tudo também. E tudo isso se desenvolve e acontece na espécie humana a partir do que ela mais carece. O que pode ser então? O homem precisa do outro homem para viver e projetar seu futuro. Carecemos do bando, como muitas outras espécies. A dos chipanzés, por exemplo. Sozinhos somos presas fáceis, sem muitas defesas, facilmente extinguíveis. Unidos produzimos alimentação e abrigo. Aprendemos a sentir, disciplinamos o raciocínio, prevenimos acidentes, colecionamos memórias e passamos às próximas gerações. Juntos construímos defesas e vencemos tudo que possa nos ameaçar. Principalmente, planejamos o futuro. Viver não é enganar o medo de morrer com distrações extremas. Equilibramo-nos pendurados em finos fios de seda para viver o melhor que podemos. Seria um desperdício. ** Luiz Mendes 07/06/2012.
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