Mix de influências
A cantora Karina Buhr lançao o primeiro CD e dá dicas de artes plásticas, cinema e música
Soteropolitana e filha de alemã, ela cresceu em Recife e mora em São Paulo. A mistura que influencia a cantora Karina Buhr é o segredo para um som que, de regional, só tem o sotaque
Quem vê as apresentações de Karina Buhr em casas de show da moda em São Paulo não imagina o tanto de poeira que a moça já levantou em terrenos movediços como os do Maracatu Piaba de Ouro e Estrela Brilhante em Recife, onde arriscou suas primeiras notas. O troca-troca de cidades e a variedade de bandas e trabalhos com os quais se envolveu – Eddie, Comadre Fulozinha, Bonsucesso Samba Clube e DJ Dolores – resultaram na mistura saborosa de seu primeiro CD solo, Eu menti pra você, que sai no começo de 2010. Boa pedida para quem aprecia tambor, garganta e requebrado. Dona de um sotaque carregado, Karina impressiona ao vivo, experiência que trouxe de outros palcos. “Em 98 o (diretor teatral) Zé Celso (Martinez Corrêa) viu um show da Comadre Fulozinha na Soparia, em Recife, e rolou o convite pra fazer Bacantes, e depois Os sertões”, conta.
Fernando Peres
O artista plástico faz desenhos e quadros lindos que misturam referências mil. Guerra nas estrelas, colagens, escritos diários, declarações de amor, pinceladas bonitas. Uma obra bem mutante dele é A menor casa de Olinda. (www.amenorcasadeolinda.blogspot.com)
O tambor
Filme do alemão Völker Sclondorff, conta a história de Oskar, um menino tocador de tambor que nasceu em Dantzig, Polônia, em 1924, e que se recusa a crescer, em uma trama cheia de metáforas e crítica social.
Erasto Vasconcelos
O cantor e compositor é olindense e irmão de Naná Vasconcelos. Faz músicas maravilhosas, toca percussão lindamente e canta com uma doçura dos deuses. O disco Jornal da palmeira é lindo e tem pra baixar no www.sombarato.org.