Brasília fecha ano cinematográfico
Amigo imaginário e pornografia são temas de curtas metragens no Festival Cine Cultura Viva
Você será bem-vindo ao primeiro Festival Cine Cultura Viva de Brasília, que começou nessa quarta (16/12) e vai até dia 20, domingo. Serão exibidos vinte curtas metragens, além de uma Mostra Competitiva – na qual os vencedores terão seus filmes exibidos em uma mostra em Cabo Verde, África –, um Ciclo de Palestras e Debates e a Mostra Especial Ponto Brasil, que apresentará filmes de até 4 minutos, produzidos pelos Pontos de Cultura em parceria com a TV Brasil. Tudo isso para fechar o ano cinematográfico da capital brasileira.
Alguns dos curtas têm a participação de atores como Barbara Paz (3.33 e Quarto 38), Thiago Fragoso (Brasília) e Débora Falabella (Quarto 38). Já o curta Onze:onze foi inspirado no conto “Caligrafia Ilegível” de Moacyr Scliar. Há filmes para todos os gostos, desde Pornographico, que conta a história de um velho projecionista de um cine pornô redescobre o sentido de sua própria vida quando proporciona o encontro de uma jovem prostituta com o mundo mágico do cinema. Ou ainda a Dimensão do Reflexo, que lida com o tema: amigo imaginário.
A Trip conversou um pouco com João Vargas, diretor, roteirista, professor e um dos organizadores do evento, ao lado de Adriana Andrade e Eládio Garcia:
O que motivou a iniciativa do projeto?
O Festival Cultura Viva quer aproximar os Pontos de Cultura e os realizadores do Audiovisual, aposta na riqueza, nos desdobramentos e possibilidades dessa interação. Pontos de Cultura são agentes culturais sem fins lucrativos que têm suporte técnico e financeiro do Ministério da Cultura para articular e impulsionar ações que envolvem arte, cidadania, cultura e educação. São mais de dois mil em todo o Brasil, lidando desde a criação de plataformas digitais para a internet ao fazer de um bom acarajé.
Como foi o processo de seleção dos Curtas para o Festival?
Foi um processo de imersão, pois nos reunimos para ver os trabalhos juntos. Isso permitiu as reações e trocas de uma platéia e também comparações importantes entre as obras, que não teriam surgido de outro modo.
Qual dos curta-metragens considera imperdível para o espectador?
Acho difícil escolher entre os 20 selecionados, o juri vai ter trabalho... Gosto muito da estética do A minha alma é irmã de Deus, do humor, roteiro e dos personagens de Doido Lelé e de O Troco.
I Festival Cine Cultura Viva
Quando: de 16 a 20 dezembro de 2009
Onde: Museu Nacional Honestino Guimarães (Conjunto Cultural da República, Setor Cultural Sul, Lt. 3; telefone: 3325-5220)
Quanto: grátis