Brasil: uns ficam, outros não estão tão a fim assim
Os leitores da Trip comentam o tema da edição de março
A edição de março da Trip trouxe o especial "Brasil: vai ficar ou tá a fim de ir embora?". Reunimos aqui as reflexões e opiniões de nossos leitores.
"Brasil: vai ficar ou tá a fim de ir embora?". Esta pergunta pode parecer simples, mas foi postar a imagem acima em nossa página no Facebook para despertar as mais diversas reações. Muitos disseram "sim, eu fico", assim, na lata, sem argumentação. Também foram muitas as pessoas disseram "não, vou embora desta m***a".
Separamos algumas respostas dos leitores abaixo, e se você quer fazer parte desta discussão é só deixar sua resposta nos comentários.
"Nunca pensei em algum dia sair do Brasil, mas atualmente se tiver uma oportunidade não penso duas vezes." Lucas Alexandre Souza.
"Alguns têm a ilusão que na gringa as coisas funcionam muito bem. Em alguns países europeus existe a tal xenofobia, partidos ou grupos de direita estão no poder e assim cada qual com seu jeito de alienar seu próprio povo. Nesta terra tropical, abençoada por Deus e bonita por natureza, vivemos uma guerra civil não declarada, se mata e rouba-se muito e existe uma letargia que parece sem fim.Terra de povo contraditório este nosso país. Houve até manifestações, mas tudo permanece igual. Isto assusta. Apesar de tudo, amo este lugar. Estive fora por uns tempos e voltei. Nosso mundo é imperfeito, mas incrivelmente maravilhoso." Marco Vinicius Costa.
"Que tal ficar e em vez de ficar reclamando ou ficar totalmente apático, assumir a responsabilidade e ajudar a construir os caminhos políticos da mudança? A gente reclama do país mas contribui pouco ou nada pra mudar a situação. Não é um papel com a constituição impressa que vai segurar a democracia, isso é uma tarefa dos brasileiros e deles somente." Rodrigo Bittencourt.
"Por que não cair fora de SP ou das capitais e ajudar desenvolver o interior do Brasil? Existem lugares aqui que tem o mínimo de qualidade de vida e precisam de muito menos para se tornarem ideais. Vamos enxergar o Brasil por completo." Lais Andrade Correard.
"Gostei do tema, faço também esta reflexão por conta do momento em que vivemos, toda a mentira e corrupção dos políticos. O país não muda." Renato C. Coelho.
"Fácil não é. Mas pertencer a um povo e poder conhecer vários outros povos dentro de um país é muito lindo." Sofia Coeli.
"Conheço pessoas que nem da 'elite' são e já fizeram essa opção alegando o 'sacrifício' para poder dar uma 'educação melhor' aos filhos, desejei sorte a eles, e disse que permaneço aqui lutando para as crianças terem uma educação melhor através da minha ONG SOCIAL SKATE, e quando ele quisesse voltar a vaga do filho dele estaria garantida aqui." Sandro Testinha.
"Tenho pensado muito e falado também sobre este tema. Além de tudo o que você diz, as pessoas acham que ir morar em outro pais é como mudar de casa. Esquecem as leis de imigração e todos os quesitos legais para tamanha transição..." Kako Mucciolo.
"Caso pudesse já tinha dado no pé faz tempo. Não é que não goste do meu país! O problema é que quem governo nosso país não gosta dele, não nos respeita e só quer saber de phutaria!". Mozart Oliveira.
"Vi um texto hoje de uma mulher em desabafo no facebook e que listava diversos problemas no país e fazia isso para explicar sua percepção de que o "BRASIL ESTA MORTO". Estava fazendo bastante sucesso, o que significa que muita gente se identificou com carta da moça. Me pergunto até que ponto as pessoas têm a consciência da juventude da nossa nação? Ainda mais nessas comparações que fazem com Europa e Estados Unidos onde a história e os caminho políticos seguiram caminhos tão divergentes dos nossos. Quer dizer o crescimento econômico da população, uma juventude que sai da periferia e mostra sua face, as revisões politicas, protestos, a situação da violência, o autoconhecimento como nação, o entendimento de desigualdade e oportunidades borbulhando e sendo notado agora por pessoas que antes estavam a margem de tudo isso. Quer dizer, esses dilemas foram coisas que esses países já viveram, já sofreram, já superaram, já reviveram e resuperaram e etc. Me soa cruel querer exigir de um país tão novo e que ficou paralisado politicamente por conta de uma ditadura militar por um bom tempo em seu modelo de republica. Vivemos o que todo país vive e hoje de um jeito ainda mais cruel. O 'acesso' a informação nos ligou demais a esse modelos estrangeiros prontos e de sucesso. Queremos no presente esse sucesso a todo custo, mesmo que para isso tenhamos que pular certas etapas no nosso desenvolvimento natural como país. É como uma criança que quer logo ser adulto. Ao melhor modelo 'Quero ser grande', filmaço da Sessão do Tarde com o Tom Hanks. Queremos ser grandes e queremos pra ontem, mesmo que com isso nos tornemos um adulto incompleto, sem uma posição concreta, sem as descobertas, sem as dúvidas, dilemas, noções e revisões de posicionamento perante a vida, sem conhecer nossos temores, nossas ânsias, nossas forças e o aprendizado que superar tudo isso trás. Vou comprar a revistar e ver o que as outras pessoas enxergam a respeito disso. Excelente tema! Vocês estão de parabéns!". Fábio Fernandes Soares.