Alice Goulart
Enquanto a chuva caía do lado de fora, a gaúcha fez o tempo esquentar numa casa em Floripa
A equipe da Trip foi a Florianópolis imaginando que conseguiria aproveitar a cidade para fazer um ensaio praiano com a gaúcha Alice Goulart, 27. Faltou combinar o com as condições climáticas: a chuva frustrou os planos iniciais. Tratou-se de arranjar abrigo do tempo ruim e a solução foi levar a loira de 1,72 para uma casa e entrar no clima preguiçoso do dia de chuva.
Às vezes os imprevistos funcionam para o bem. Nesse caso, foi perfeito. Solta como se estivesse na sua própria casa, Alice mostrou a experiência que acumulou na profissão de modelo (começou aos 14 anos) e ficou muito confortável no sofá da sala. Não haveria jeito melhor de apresentá-la em seu primeiro ensaio sensual. E ela diz que essa primeira vez mais difícil do que a “aquela” outra. Difícil de acreditar na carismática loira, que contou uma fantasia sexual ainda não realizada e disse que acha seus seios “muito lindos”. Tem como não concordar?
Qual parte do seu corpo você acha mais bonita?
Não sei exatamente. Tenho covinhas interessantes no rosto, não tenho silicone. Apesar disso, acho meus seios muito lindos. Meu ex sempre disse isso. Mas ex é ex, não vale [risos]!
Como você cuida do seu corpo?
Gosto de esporte. Não sou rata de academia porque acho uma encheção de saco, mas fiz aula de capoeira, vôlei quando criança, fiz boxe. Surfo, ando de bicicleta, de skate. Aqui em Porto Alegre tem um lugar incrível, o Parque do Marinha. É um lugar que deixa qualquer pessoa que anda de skate fissurada. É uma mistura de skate com surf, um lugar bem típico de Porto Alegre. A galera anda de skate, toma chimarrão. Mesmo quem não anda fica curtindo quem anda. Claro, sempre tem mulherada, a turminha de amigas que quer andar. Eu fazia parte desse grupinho.
Ia com um grupo de amigas?
Um grupo de sete amigas. Na época, eu ia todo dia, ficava andando sempre.
Arranjou um namorado skatista?
Quando eu tinha 16 anos, sim. Surfista, skatista.
Você surfa bastante?
Não diria que sou uma surfista mesmo, mas eu brinco. Brincadeira de verão, de biquíni, uma delícia. Mas não me convida no inverno porque eu não vou. Fui fotografar na República Dominicana surfando e fiquei com medo porque o fundo era de pedra. Tinha que usar botinha.
Você acha que ser bonita ajuda na sua vida?
Cem por cento. Mas acho que hoje em dia, a beleza não é tudo. Se você não tiver um conteúdo para manter as amizades...
Qual é o lado ruim de ser bonita?
Não é nem ser assediada. É muito difícil ter verdadeiras amigas. Por mais que eu conheça as mulheres, eu chego na roda falante, simpática, bonita. Automaticamente ela se retrai ou não dá muito abertura. São poucas as mulheres que conseguem ter uma mente boa para saber que cada um tem o seu.
Começou a namorar cedo?
Cedo [risos]! Fui namoradeira, sempre namorei. Namorei um ano e meio quando tinha de 14 para 15 anos. Acabei com ele, engatei outro. Acabei esse, mais um. Assim eu namorei. Meus últimos dois duraram três anos e cinco anos. Agora estou solteira há dois anos e amando. É bom ficar sozinha, aprender a ficar sozinha. Quando tu engata um namoro no outro, como eu fazia, não aprende com os erros. Todo mundo erra. [Muda de assunto] Eu li a reportagem de vocês sobre a Bruna Magro [Trip Girl de junho do site]. Quando fui posar para a Trip, perguntaram se eu já tinha feito ensaio sensual e eu disse que nunca tinha feito, foi minha primeira vez. Quando li o da Bruna, ela disse a mesma coisa! Fiquei pensando como seria o homem da Trip. Todas as meninas que nunca posaram nuas, posariam para a Trip!
Como é o homem da Trip, então?
Moreno, alto, bonito e sensual [risos]! Não é verdade? Mesmo as meninas que nunca posaram nuas não veem problema nenhum em posar para a Trip.
Por quê?
Não é por dinheiro. Já me ofereceram muito mais e eu não fiz. Essa é a sacada da Trip, tem um glamour, estilo, atitude.
Você ficou nervosa no ensaio?
Me senti como se estivesse perdendo a virgindade [risos].
Foi bom?
Foi divertido. Achei que era um bicho de sete cabeças e foi divertido, fiquei à vontade, gostei da equipe...
Qual primeira vez foi mais difícil, a da Trip ou a outra?
Acho que a da Trip [risos]. Porque tem outras pessoas junto, fotógrafo, produção.
Sua outra primeira vez foi com que idade?
Com 15, com o primeiro namorado, claro.
Como você é nos seus relacionamentos? Domina mais a situação?
Se não for igualitário, tô fora.
Sempre foi assim?
Não era, mas agora que estou solteira, reavaliei. Meu namorado dos 17 aos 21 foi uma coisa tranquila, ele era certinho. Eu, numa fase adolescente, louca, resolvi terminar e ele sofreu muito mais do que eu. Logo depois, comecei a namorar um que era o oposto, altos e baixo, amor e ódio, uma coisa muito louca, muito intenso. Depois desses anos, descobri que não é o que eu quero para mim Antigamente, eu achava que o “toma lá, dá cá” funcionava, mas não é por aí. A coisa tem que ser mútua, aí vai ser bom.
Você toparia um homem feinho ou prefere os bonitos?
Eu não levo em consideração o cara ser bonito. Ele pode ter charme, mais do que beleza. Mas tem que ter um estilão, né? Ter educação, saber se vestir, falar, ser honesto, parceiro. É fundamental a parceria entre as partes.
Os seus antigos namorados tinham ciúmes de você?
O meu ex antes do último se fazia presente. Ele dava assistência, não dava nem tempo para a concorrência. Ciúmes faz mal só para uma pessoa: para quem sente. Apesar de ser difícil controlar, mas com disciplina a orientação você consegue não ter ciúmes bobos.
Você é ciumenta?
Com algumas coisas eu sou, claro. Não sei, ele tem que me dar motivos. Não sou neurótica que quando uma menina olha para o meu namorado na balada fica preocupada. Vou dar um belo beijo na boca dele, pegar ele gostoso, ainda vou olhar e rir.
O que você faz para se divertir?
Adoro cinema. Vi Alice no país das maravilhas quatro vezes já. Quando eu morava nos Estados Unidos, ia ver o mesmo filme quatro vezes. Gosto muito de encontrar com minhas amigas e tomar um bom chimarrão.
Com seus namorados, você realizou suas fantasias sexuais?
Meu namorados eram mais pudicos do que eu! Ainda não realizei algumas das minhas fantasias, mas ainda chego lá. Elas estão aqui na mente, guardadas. Uma vez nos Estados Unidos, dois caras brasileiros chegaram em mim, não ao mesmo tempo. Chegava um, depois o outro. Depois de um tempo, eles disseram que eram melhores amigos e não iam ficar bravos se eu escolhesse um o outro. Mas, se eu quisesse ir embora com os dois, eles ficariam muito felizes. Eles começaram a tentar me convencer dizendo que ninguém ia nunca saber. Comecei a ficar com calor, nervosa, fui para o banheiro e fui embora [risos]. Fiquei com medo. Não deles, de mim mesma.
Você cogitou aceitar?
Não sei com certeza, mas acredito que toda mulher tem um sonho de dois homens como fantasia. Pode ser distante, mas acho que sim.
Essa é uma das fantasias da sua lista?
Claro que sim! Óbvio. Mas eu tenho fantasias básicas do tipo, sair de sainha sem calcinha, coisas com o namorado.
E nenhum deles topou?
Tu vê?
Você tentou fazer sem avisar algum deles e ele não quis?
Ficou puto!
Teve alguma outra coisa que algum namorado recusou?
Teve uma que eu recusei. O rapaz queria mijar em mim. Por enquanto, não tive curiosidade de nada disso. Se eu um dia eu encarnar a louca... [risos] Não pode ter medo das coisas, o que importa é ser feliz.
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Cordenadora de produção e estilo Camila Nunez maquiador Marcos Muniz Créditos Filha de Isis, Lougerie, Triya, À Dor Amores