É a gente que te lê...
Nos 32 anos da Trip, revisitamos todas as entrevistas de Páginas Negras e separamos 10 que marcaram nossa história. Vem com a gente
Em essência, o que fazemos aqui já há mais de três décadas é perguntar. Mais precisamente, são 32 anos exatos em que fizemos pouco além de ouvir milhares de pessoas sobre seus desejos, angústias, frustrações, medos, prazeres, viagens, buscas e encontros. Nosso negócio talvez possa ser resumido em uma ideia: gostamos de ler pessoas, de tentar entender o mundo através do que elas nos dizem (e, claro, daquilo que não dizem explicitamente, mas que também aprendemos a ler). É assim que a Trip constrói sua caminhada, com foco centrado nesse elemento: o humano, em todos os seus tamanhos, formas e modalidades.
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Desde 1986, conversamos com gente que, em comum, tem a disposição de falar sem bloqueios, travas, pudores ou julgamentos, sem a assepsia do media training. Queremos as pessoas por inteiro. A conversa que a gente propõe é sincera, genuinamente curiosa e, especialmente, desarmada. Um papo direto, mas não necessária ou exclusivamente reto. Também trabalhamos com curvas, a vida é sinuosa, afinal.
Estamos completando 32 anos e, para marcar a data e celebrar com relevância, decidimos abrir com cuidado e carinho alguns dos guardados mais preciosos que temos. Assim, relemos as 275 conversas que já tivemos para destacar as dez Páginas Negras que marcaram nossa história e continuam atuais: Glória Perez e sua vida ainda mais intrincada que o mais fantasioso roteiro de novela; o professor Leandro Karnal e sua capacidade de pensar temas profundos com clareza tamanha que os torna populares; o jornalismo pop e livre de amarras bobas de Pedro Bial; a forma elegante e cirúrgica de ver o mundo do então jovem, mas já maduro, Otavio Frias Filho; a incrível lucidez do genial Tunga, entre outras entrevistas, que incluem um ex-dependente químico que fez parte da nossa equipe e passeou pelo inferno, mas voltou para contar a viagem; ou a primeira pessoa a se submeter a uma operação de mudança de sexo dentro da lei no Brasil.
Mas, como remexer no passado só faz sentido se servir como pavimento para curtir mais o presente e desenhar melhor o futuro, cada entrevista traz uma conversa atual, checando como anda cada um dos personagens que ainda estão por aqui.
32 anos. Divirta-se com tempo...