Balança emocional

Famílias que possuem crianças especiais experimentam e vivem situações que não são comuns para as demais, já que o dia a dia se compara com uma montanha russa de sentimentos.

Nos momentos da subida, curte-se o vento e o visual do ponto máximo da montanha. Mas, em fração de segundos, vem o desespero, o medo toma conta e a sensação é a de que o mundo vai sumir debaixo de seus pés.

Toda hora uma nova emoção surge e vai se alternando entre os momentos de tranquilidade e os de tensão. Os fortes sentimentos que surgem no convívio com uma pessoa especial, assim como uma montanha russa, fazem a família estar sempre alerta para a próxima mudança.

Mas e a pessoa especial? Como saber se ela está vivendo uma vida com qualidade ou se é feliz?

A dica é usar a balança emocional, que funciona assim: de um lado coloca-se todos os momentos felizes, agradáveis e de convívio com a família. Do outro, ficam os momentos de solidão, de dor física e de todas as situações que forem consideradas como sofrimento.

É importante avaliar diariamente a balança emocional. Sempre que o resultado não for positivo, se faz importante ajustar as ações, repensar os valores e achar alternativas para que os momentos tenham cada vez mais qualidade.

“Pequenos atos e momentos especiais podem transformar a vida de uma pessoa especial”

Um passeio no parquinho, um banho especial, dormir abraçadinho, fazer cafuné, olhar nos olhos, dar um sorriso ou cantar uma música... São tantos os carinhos possíveis capazes de transcender o contato físico e tocar fundo no coração, na alma.

Às vezes não é possível fazer muita coisa, mas pequenos atos e momentos especiais podem transformar a vida de uma pessoa especial.

Katiele Fischer foi homenageada pelo Trip Transformadores 2014. Assista aqui a sua história. 
Acompanhe semanalmente textos de grandes pensadores da sociedade brasileira, que já pisaram no palco do Trip Transformadores.