Minha história, minha luta
Preta Rara fala sobre racismo, gordofobia, corpo e menstruação no podcast Seu Forte é Ser Mulher
Há 12 anos Joyce Fernandes adotou Preta Rara como nome artístico, uma lembrança carinhosa do apelido que sua mãe criou. O motivo? Desde muito nova, ela gostava de coisas diferentes das outras meninas, como por exemplo escrever e fazer suas próprias rimas. Esse talento fez com que Preta se tornasse uma rapper e tanto.
Antes disso, porém, ela trabalhou durante 7 anos como empregada doméstica e, contrariando uma ex-patroa, se graduou em história, área que atuou como professora em Santos, sua cidade natal. Em 2013, Preta resolveu desbravar São Paulo para trabalhar com rap e projetos de arte-educação. Lançou o álbum Audácia e, com suas músicas, fala sobre tudo aquilo que a sociedade tenta abafar, mas que sempre fez parte de sua realidade: racismo, gordofobia e machismo.
"A mulher preta é caracterizada como aquela que aguenta tudo. Na minha família, as mulheres pretas tiveram menos anestesia na hora do parto pelo simples fato de que na escravidão foi construído o pensamento que os negros aguentam a dor. Mas a gente não aguenta tudo. Somos fortes, sim, mas não aguentamos tudo", conta Preta.
No podcast Seu forte é ser mulher, a apresentadora Sarah Oliveira bateu um papo com a rapper sobre corpo, racismo, menstruação e muito mais. Ouça abaixo!
Créditos
Imagem principal: Fernando Martins