VINGANÇA!

Nunca faça isso (no seu planeta!!!) 

“Vingança não é uma coisa que cultivamos no meu planeta. Mas não estamos no meu planeta!”, disse Buzz Lightyear, em Toy story. Como uma animação de um patrulheiro estelar pôde ser tão sábia? Porque, quando saímos do nosso “planeta”, aquela bolha de conforto em que somos nós mesmas, e entramos no planeta alheio, geralmente revelado por algum portal no mundo on-line, a vingança, esse ato deplorável, passa a ser o único caminho possível.

Sim, é verdade que raiva não cura e vingança é para os fracos. Mas no planeta alheio somos os fracos, os traídos, os que já perderam aquilo que morriam de medo de perder. A amante do seu marido tem um noivo. Como não procurar essa pessoa? Pegou seu namorado na cama com outra? Como não jogar a roupa da garota pela janela do 23º andar? Cartas abertas no Facebook, um e-mail detalhado para toda a lista de amigos, um livro revelando detalhes daquilo que fomos ou fingimos ser, o arremesso daquele cinzeiro que ele gostava tanto... Atitudes horrorosas que denunciam a pequeneza de nossa integridade diante da enormidade de nosso ódio.

Se vingar é regurgitar a própria podridão, mas como (COMO?) não botar para fora aquilo que nos corrói as entranhas? Como não devolver a merda que nos foi encaminhada? O planeta alheio anda acessível demais para dar tempo de esfriar a cabeça.

Mas o que importa mesmo é que em nosso planeta não cultivamos vingança, né não?!

Para seguir: @euliatulias