Um titã no Free Shop


Croniqueta atrasada sobre o show do Nando Reis em Buenos Aires

por Ana Manfrinatto em

Se trata de uma croniqueta atrasada sobre o show do Nando Reis em Buenos Aires porque eu ando trabalhando muito e tá faltando tempo pra atualizar o Nos Ares. Bom, teve o show do Nando Reis aqui em Buenos Aires e, como eu já tinha anunciado aqui no blog, a parada seria banquinho e violão num lugar pequetitico e intimista pacas.

Na sexta eu fui lá com o meu ingressinho comprado, uma amiga e mais três desconhecidos numa mesa, tudo muito lindo. Sim, ele tocou Relicário. Sim, ele também tocou All Star. E, cara, ele tocou MARVIN. Fiquei flasheada (surpreendida, como dizem os portenhos) porque eu lembrei da letra inteirinha e acabei de dando conta de que Marvin é – ou foi – a primeira música que eu tenho o registro de ter me identificado com a letra.

(Vale lembrar que eu cresci nos anos 80 e que eu tinha o tio motoqueiro e o pai ex-motoqueiro que ouviam Titãs)

O show foi lindo e na saída eu fui lá jantar com o Nando mais a produção toda porque eu tenho meus contatos, né? Contei pra ele que eu fiquei flasheada com Marvin e pedi autógrafo no CD novo, Drês, que ele veio divulgar aqui. E no sábado, justamente porque eu tenho meus contatos, fui com ele até o programa de rádio Club Brasil e ouvi uma frase bárbara no caminho:

- Pô, cara, amanhã quero chegar mais cedo no aeroporto porque eu quero curtir o Free Shop.

Eu não digo que turista brasileiro adora movimentar a economia argentina e se joga no Free Shop? Nem mesmo um (ex) titã resiste a um perfuminho novo ou a uma garrafa de uísque pela metade do preço!

Mas o assunto é música e, voltando a ele, no sábado eu vi o show de pézinho ao lado da Sophia e da Solange, respectivas filha e produtora do Nando. Nesta noite o show foi tão lindo quanto o anterior mas com uma energia extra que fez todo mundo dançar no final ao som de músicas que nem eram do Nando.

Exemplo? O vento sacudindo a cabelereira do Zé Ramalho; o raio, a estrela e o luar do Wando e o clássico Whisky a Go-go do Roupa Nova. Moral da história: sempre adorei as músicas do Nando, sobretudo as cantadas com a Cássia Eller que embalaram a minha pós-adolescência, mas acabei virando fã de verdade porque os shows foram tão legais, ele é tão gente boa e a equipe dele é tão bacana que não tem como não hacerle el re aguante, viste?

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