Surtos de um mundial de futebol
Fanáticos por futebol contam as maiores loucuras que já cometeram durante Copas do mundo
“Em 2002 (quando a Copa foi na Coreia e no Japão), fiz uma instalação no meu apartamento. Coloquei um microfone na sacada e gravei todos os jogos do Brasil. Os jogos passavam durante a madrugada e era aquele silêncio... até rolar gol do Brasil. Depois eu juntava todos os áudios, colocava minhas caixas de som pra fora e soltava aquela gritaria toda depois do jogo. Chamei a instalação de Copa 2002, Bin x Bush.”
TATÁ AEROPLANO, cantor e compositor, é autor da música “Bem mais Bin que Bush” e da frase “às vezes eu surto mesmo”
“Nunca esqueci quando o Brasil ganhou da Holanda em 94. Mais de dez anos depois, participamos de um show em Cuiabá chamado Conexão Brasil-Holanda, juntando brasileiros e holandeses. No meio do show, falei no microfone: ‘Estamos muito felizes com este encontro. A Holanda de Van Gogh... mas queria relembrar um momento aqui junto de vocês’. Aí, botei a mão na orelha tipo como se estivesse ouvindo um radinho e comecei a narrar: ‘Atenção... 38 do segundo tempo, Brasil 2, Holanda 2... Branco prepara a falta. Ajeita com carinho. Lá vem a bomba. Branco... vai bater... vai bater e GOOOOL! É GOOOOOOOOOOL DO BRASIIIIIL! O Brasil elimina a Holanda e está na semifinal!’. Eles ficaram meio mal.”
HELIO FLANDERS, vocalista do Vanguart, é corintiano roxo
“Eu torço a favor do Brasil, mas sou totalmente contra a CBF. Por isso, quando o Brasil perdeu da Holanda, na última Copa, saí na rua no dia seguinte com uma camisa da Holanda. Fiquei com medo de apanhar, mas graças a Deus acho que pensaram que eu era gringa.”
MILLY LACOMBE, colunista e maior boleira da história da Tpm
“A seleção estava voltando para casa depois de conquistar mais um caneco (não lembro se foi o tetra, em 94, ou o penta, em 2002). E desfilaria pela cidade em carro aberto com a taça. O que fazer? Para mim, a única opção era correr atrás do caminhão de bombeiros com a multidão. A emoção linda de abraçar desconhecidos... Lágrimas nos olhos!”
JÔ HALLACK, jornalista, torcedora do Fluminense, também já trocou figurinhas da Copa na rua, com passantes
“Na Copa de 82, obriguei meu pai a comprar uma TV, que era uma coisa cara. A gente tinha uma velha, em preto e branco e sem controle remoto. Meu pai era de esquerda, então a TV ficava na garagem, fora de casa. Mas naquele ano queríamos uma TV em cores e com controle remoto. Eu e meus irmãos o convencemos e ainda colocamos a TV na sala, um absurdo para ele.”
BIA ABRAMO, corintiana e jogadora de futebol, quase foi presa nos EUA depois de ver o Brasil perder da França na Copa de 98