Se nada der certo eu viro passeador de cachorro
Lembra daquela comunidade do falecido Orkut chamada “se nada der certo eu viro hippie”? Então, se nada der certo eu posso virar passeador de cachorro! Primeiro porque eu gosto muito de “purrrguinhas” e segundo porque outro dia eu cruzei com esse cara da foto numa manhã ensolarada em San Telmo e, enquanto eu passaria o dia inteiro entre um escritório fechado e um estúdio de gravação, ele tava feliz da vida sentadinho no sol brincando com os cachorros.
É claro que isto é só uma brincadeira... porque mesmo gostando muito da cachorrada não deve ser nada bacana trabalhar como passeador, não ter registro em carteira nem plano de saúde ou fundo de garantia. E infelizmente este é um trabalho que bombou em Buenos Aires depois da crise de 2001 como opção para jovens que não conseguiam um emprego qualificado.
Mas verdade seja dita: aqui na cidade tem muitos passeadores e isto é uma mão na roda pra quem tem um Rex pra chamar de seu. E diferente de São Paulo, onde este o serviço é exclusivo e caríssimo, aqui é super em conta contratar alguém pra levar o seu perro (cachorro, em espanhol) pra dar uma volta no bairro.
Falando em dog, lembrei de uma frase ótima do Ludmar lá de Cerquilho: “se não existisse cachorro no mundo, purrrga só andava de à pé”!