Cinco vezes amor

A escritora e roteirista Paula Gicovate elege seus casais preferidos de todos os tempos

por Natacha Cortêz em

Amor é um tema inesgotável entre escritores, cineastas, músicos, fotógrafos e artistas. Com a escritora e roteirista Paula Gicovate, 30 anos, não foi diferente. Lançado em maio, Este é um livro sobre amor (ed. Guarda-Chuva) é seu terceiro livro, mas seu primeiro romance. É também a primeira vez que Paula escreve sobre o sentimento sem fazer curvas ou misturá-lo a outros assuntos. Desta vez, é “amor por amor”.


A pedido da Tpm, ela contou quais são suas cinco histórias de amor favoritas. Aquelas que a inspiram a criar as suas próprias narrativas. Na vida e na ficção.

Patti Smith e Robert Mapplethorpe
“Patti me influencia de todas as formas, mas talvez seu relacionamento amoroso, artístico e companheiro com o fotógrafo Robert Mapplethorpe seja o que mais me emociona. Desse amor saíram histórias, uma carreira, o álbum Horses e o livro Só garotos (ed. Cia das Letras), que é um legado de uma relação, acima de tudo, generosa.”

Kim Gordon e Thurston Moore
“Eles tiveram uma história de amor e uma das bandas mais legais da história. Sonic Youth veio desta paixão, da vontade de produzir junto. Suas músicas e letras influenciaram um monte de gente – eu me incluo aí. A relação deles durou 27 anos. Deu muito certo até não dar mais. E isso é ok. Até os grandes amores acabam um dia.”

Ricardo Somocurcio e a menina má, do livro Travessuras da menina má, de Mario Vargas Llosa
“O livro conta os encontros e desencontros durante quatro décadas desse quase casal. O amor de Ricardo, que aceita e perdoa, sem questionar, qualquer traço da personalidade por vezes sádica, confusa e intensa dela, é de suspirar.”

O homem e Marcela, do livro Até o dia em que o cão morreu, de Daniel Galera
“Até hoje é o meu livro preferido do Galera. De vez em quando eu pego, releio, e sempre faz um sentido danado para mim. Fala sobre solidão, amor e encontros. Sobre como crescer pode ser difícil à beça, pagar o aluguel pode ser difícil, e deixar outro entrar na sua vida também.”

A soldier leans out of a train to kiss a woman goodbye
“É uma foto que mexe comigo e a cada hora invento uma história diferente para ela. Minha versão preferida é a de que ele volta para casa, e eles passaram muito tempo recontando esta história para os netos.” 

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