Oui, nós temos ratatouille!

por Tania Menai em

Eis um filme brilhante, este novo da Pixar e Disney. Vemos Paris, aprendemos sobre a árdua vida dos chefs de cozinha e, mais ainda, dos... ratos. Eles mesmos, aqueles seres que arrepiam e que não são bobos: escolhem as melhores cidades para morar. Não só Paris, mas Nova York é cheia, cheinha de Ratatouilles, Mikeys e Jerrys. E eles vêm em todas as cores, tamanhos e raças – pode escolher.

Os mais famosos ficam nos trilhos do metrô – não há um cidadão nesta cidade que nunca tenha visto a cena, principalmente nas altas horas da noite, quando as horas na plataforma são intermináveis. Tem o que cruza a calçada na sua frente – até você gritar, ele já sumiu. E tem aqueles caras-de-pau que dividem o apê com você, mas não ousam a pagar o aluguel. Esses moram, muitas vezes, dentro da parede da sua casa. Isso mesmo: eeeca!! Você escuta o barulho e nunca sabe aonde as criaturas estão.

Outro dia, um casal de amigos foi premiado com um rato morto na parede da sala. Para isso, você tem que pegar o machado, meu caro leitor, e quebrar a parede. Eles chamaram um especialista, com nariz de cão farejador. Mas o cara não resolveu. Daí o marido saiu de casa, comprou todas as ferramentas, estilo Ghostbusters, e foi à luta. Demoliu metade da sala e encontrou dois ratatouilles! Ele não fala sobre o assunto devido ao trauma. Fiz piada, mas não perguntei detalhes.

O consolo é que até ele, Rudy Giuliani, nosso ex-prefeito, já teve invadida a Gracie Mansion, residência oficial, pelos camaradas Se o rei de Roma estivesse aqui, só andaria nu! Até eu já fui vítima da coisa, há uns 10 anos, quando morava com dois roommates americanos, Andrew e Sharon. Nosso apartamento era ao lado de uma escola, que, consequentemente, produzia muito lixo. Voilà, ganhamos três roommates: Huguinho, Luizinho e Zezinho. Por favor, rezem pela alma deles porque, comigo, Andrew e Sharon, não sobrou rato para a Pixar contar história.

Foto: Disney/Pixar
Arquivado em: Tpm