Nesse Carnaval: jogue cerveja na cara dos covardes!
Deixar o não em casa? Quem inventa uma coisa dessas. Conselho: se um fortinho de carnaval te puxar pelo cabelo e depois te xingar porque você disse não, jogue cerveja na cara dele!
Não me leve a mal, hoje é Carnaval. Pois eu levo a mal sim. E podem começar a me chamar de chata desde já. O Carnaval ainda nem começou direito mas muita coisa absurda já aconteceu.
No Carnaval de 2015, o Ministério da Justiça lançou uma campanha com um cartaz onde estava escrito: “Bebeu e esqueceu? Seus amigos vão lembrar por muito tempo”. A campanha tinha a hashtag #bebeuperdeu e era ilustrada por meninas adolescentes. Um escândalo foi feito e a campanha foi tirada do ar.
Depois veio a Skol. A marca de cerveja lançou a campanha “Esqueci o não em casa”. Fez-se o escândalo. Meninas espertas escreveram no o cartaz e trocaram o não pelo nunca e espalharam pela rede.
Mas vamos lá. O que passa pela cabeça dessa gente?
O “bebeu esqueceu”, feito pelo Ministério da Justiça, é o que me choca mais. Claro, primeiro porque é do Governo, que deveria, teoricamente, zelar pela gente. Ainda mais sendo do Ministério da Justiça. A idéia de justiça parece ser: bebeu, foi estuprada, que se dane, a culpa é sua. Sabe aquelas histórias das festas da USP, onde estudantes são estupradas por estarem bêbadas e ainda viram motivo de chacota? Pois é.
Deixei o não em casa. Vamos só pensar nos casos “leves”. Aqueles meninos que puxam cabelo no bloco. Eles acham que essa é uma maneira ok de paquerar. E puxam o cabelo das meninas. Se ela olha para trás e diz: NÃO, ele fica magoadinho e começa a zoar a garota. Feia, biscate, baranga. Quem nunca passou por isso? Quem?
Outra tática usada pela turma que não acredita no não: fazer um bolinho em volta da menina .Você está andando em um bloco, se perde das amigas, eles fazem um bolinho em volta de você urrando te pressionando para beijar. Você foge, empurra. De novo, é zoada. Essas são atitudes de adolescentes e, bem, eu fico imaginando que homens adultos eles vão se tornar.
Eu queria dar uma idéia para vocês, leitoras, que estarão no Carnaval e podem passar por situações como essa. Joguem cerveja na cara deles. Isso não é uma ode a violência. Contrário. Um banho de cerveja na cara não machuca ninguém. Mas refresca e pode fazer acordar. Quem sabe?