A vida é curta demais pra: não se arrepender
Letícia Gicovate, editora da revista erótica Nin, brada: “Que atire o primeiro comprimido de Omeprazol quem consegue estar em paz com todas as decisões”
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena", dizia Fernando Pessoa (que, como bom geminiano, devia viver arrependido), endossado por uma turma que bate no peito segura e afirma: "só me arrependo das coisas que não fiz".
Como se já não bastasse ter que escolher o tempo inteiro entre uma infinidade de tudo, pra ser grande, interessante, moderno e livre também não pode se arrepender. Aff, que pressão! A vida contemporânea oferece uma quantidade tão insana de opções que chega a dar saudade de quando a gente só se angustiava mesmo com uma única grande questão.
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Débito ou crédito, pasta ou frango, com ou sem filtro, sexo ou Netflix? Que atire o primeiro comprimido de Omeprazol quem consegue estar em paz com todas essas decisões. Claro que o ideal é que não levemos tudo tão a sério, é preciso meditar, dançar, repensar, refazer, mas, se nada mais der certo, pode sim se arrepender!
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Créditos
Milena Galli