Carta aos bofes

Queridos gatos da noite paulistana:

por Lia Bock em

  Queridos gatos da noite paulistana, não tenham medo de tratar as mulheres bem! Não fiquem apegados à ideia de que se você for gentil a moça vai se apaixonar (Zzzz). “Gentileza gera [apenas] gentileza”; amor e paixão levam outros ingredientes bem mais complicados, não se preocupe.
  Elogio é sempre bem-vindo. Respire fundo, você consegue! Evite expressões infantojuvenis e, se estiver nervoso, assuma, diga com todas as letras: “Tô meio nervoso”. É melhor do que parecer um personagem do filme American Pie. Perguntas do tipo “e aê, que-que-cê-curte?” devem ficar de fora do primeiro, do segundo ou do quinquagésimo nono encontro. Mulher a gente desvenda.
  Prefira sempre fazer convites dóceis e diretos, do tipo “passa a noite comigo hoje?”. Além de surtir mais efeito, é gramaticalmente bem mais agradável do que coisas como “qué subí?”.
  Mas gato, se você tem um compromisso às oito da manhã, avise a moça com antecedência, nada pior do que ser colocada pra fora com o raiar do dia sem aviso prévio. Alimentar a pessoa é obrigatório. Oferecer uma toalha é de bom-tom. Se preocupar com o orgasmo dela melhora a sua pontuação na tabela geral.
Se você é do tipo traste assumido, homem que está na vida curtindo um momento pombagira, pode deixar isso claro. A verdade liberta! Não tente parecer o Harry Potter se você está mais pra Charlie Sheen.
  Tá achando tudo isso mimimi demais pra um primeiro encontro? Tenha em mente que essa pode não ser a mulher da sua vida, mas pode ser a mulher da vida do seu melhor amigo, sua chefe ou até a melhor amiga da mulher da sua vida. E você sabe... As notícias correm. #fica.a.dica.

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