O amor vem da responsabilidade

Stephanie Ribeiro fala sobre a construção diária que é sua relação com Basquiat, seu cachorro. Ela participou da última Casa Tpm a convite de Nestlé Purina no talk sobre soluções para além da adoção

apresentado por Purina

"Dentro do cuidado com o Basquiat, meu cachorro, entendi como o amor nasce da responsabilidade", disse Stephanie Ribeiro na última Casa Tpm durante o talk Soluções além da adoção, oferecido por Nestlé Purina.

Ao lado de Juliana Camargo, modelo e CEO da ONG Ampara Animal, a arquiteta e escritora refletiu sobre os preconceitos que passa por ter adotado um cachorro de raça que foi rejeitado, os cuidados necessários durante a rotina e as lições sobre afeto e companheirismo que aprendeu.

Foi a primeira edição petfriendly da Casa Tpm e Stephanie fez questão de levar Basquiat. Abaixo, ela conta os aprendizados que a responsabilidade de ter um animal trouxe para sua vida. 

Basquiat, Túlio e Stephanie na Casa Tpm 2019, primeira edição pet friendly do evento - Crédito: Arquivo pessoal

"Basquiat entrou na minha vida num momento em que não estava tudo bem. Eu precisava dele, mas nem sabia disso. Muitas vezes, esquecemos que o amor é uma construção diária, que precisa de cuidados e dedicação para ser da melhor maneira possível. Sem dúvidas, Basquiat me ensinou que o amor vem da responsabilidade.

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Claro que existe, para além de nós, uma sociedade cheia de achismos no que diz respeito a amar e zelar pela vida de um cachorro. Já disse várias vezes que não compramos o Basquiat. Infelizmente, muitas raças carregam o estigma de serem fofas quando filhotes, mas, na vida adulta, passam a ser tratadas como um transtorno para suas famílias.

O chow-chow é uma raça de porte médio que precisa de muitos cuidados e afeto, já que tem uma necessidade grande de socialização. Se para outras raças já é drástico ficar preso e não conhecer outros animais, imagina para uma conhecida por ser “desconfiada”? Só ganhamos a confiança do nosso cachorro depois de um tempo. Foi um processo que me ensinou muito sobre como temos ansiedade e ignoramos o tempo das coisas.

Foi preciso de um ano, no mínimo, para entender que essa necessidade de atenção não era passageira. Era para sempre. Pra ficar com o pêlo macio e saudável, precisamos de um ano e meio de remédios e banhos. Minhas amigas sabem o quanto eu ficava insegura e até chorava, achando que ele não queria ficar com a gente.

Entendi depois que era medo. Como para Basquiat todo aquele carinho e cuidado era novidade, tentei ter paciência. Quando um animal já adulto entra na sua vida, esta é uma experiência que precisa, de fato, de muita paciência. Hoje, acordo com Basquiat deitado do meu lado com a cara mais fofa do mundo e penso que valeu muito ter persistido.

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Se não tiver paciência, disponibilidade, recursos financeiros e consciência sobre responsabilidade, não adote um animal que vai depender de você. Ao Basquiat, só posso agradecer pela troca, pelo companheirismo e por me fazer entender que assumir responsabilidades me fez mais consciente sobre meus próprios limites também."

Créditos

Imagem principal: Zé Proença

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