”Nosso erro foi tratar o esporte como jornalismo e não como espetáculo”, diz o apresentador
Tiago Leifert, apresentador e editor-chefe da edição paulista do Globo Esporte, é um dos nomes mais em pauta dentro do jornalismo esportivo e divide as opiniões dos telespectadores com seu estilo único de apresentar o futebol com diversão. Ele vem quebrando todos os modelos e paradigmas dos programas esportivos da emissora.
"Acho que nosso grande erro na Globo sempre foi tratar o esporte como jornalismo e não como espetáculo. E isso acabou se enviezando para: 'ser sério é igual a ter credibilidade'. Não é o caso, mas isso começou antes de mim, começou lá atrás. Eu acho que a gente acaba se levando a sério demais no esporte", comentou Tiago sobre a mudança de direcionamento do programa que aconteceu com a sua chegada. "Acho que a gente tem que pregar o espírito esportivo. Quando me pedem pra resumir o Globo Esporte eu digo isso. É espírito esportivo. A gente leva as coisas na esportiva."
"Nosso grande erro na Globo sempre foi tratar o esporte como jornalismo e não como espetáculo"
Se ele já vinha batendo um bolão no Globo Esporte, o gol de placa veio em 2010, quando comandou o Central da Copa, atração especial que seguia os jogos da Copa do Mundo. Sempre com muita personalidade, Tiago revitalizou a audiência do esporte da Globo e deu uma nova cara para o tradicional programa esportivo da hora do almoço. Ali, no Central da Copa, ele pode mostrar seu trabalho para todo o Brasil e, como consequência de exposição, virou o jornalista favorito da mulherada.
"Eu acho incrível o poder embelezador da televisão", brincou Tiago na entrevista. "Já teve mulher que deixou cartinha em casa, que mandou urso pra Redação. Mas eu tenho espelho em casa e ele me desmente. Eu chego lá e falo: 'Sou lin... não sou'. Não sou gente. Quando eu fazia o desafio ao galo na várzea, não era tão bonito assim", diverte-se o apresentador.
Na entrevista, Tiago ainda comentou de seus anos trabalhando como DJ. Fato ainda pouco conhecido na mídia, Tiago passou anos tocando na noite, procurando equipamento, viajando para a Europa para comprar disco e praticando várias horas por dia. Hoje, ele só discoteca de brincadeira em casa e quando é convidado para fazer um set em alguma casa noturna de São Paulo. Mesmo assim, só quando a estreita agenda permite.
"É verdade. Eu era DJ antes. Mas depois de entrar no jornalismo esportivo isso acabou, mas quando eu to de folga no domingo eu ainda consigo pegar um sábado. Da última vez foi uma Pink Elephant até", ri falando sobre a louca rotina de apresentador e editor, ao comentar suas preferências na pista de dança. "Sou contra microfone na pista. Pra mim, DJ é música. Não gosto de aparecer lá. Tocando você tem que comandar o som e só. Agora todo mundo é DJ. Vai lá, tira uma foto com o fone e tá lá a manchete: Fulano ataca de DJ. Quero morrer quando eu vejo isso", gargalha Tiago.
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