Os primórdios do carrinho

por Luiz Filipe Tavares

Revista LIFE revela coleção de fotos registrando o primeiro boom do skate nos EUA

Muito antes da megarrampa, do circuito mundial, dos X-Games, do Munster Monster Mastership e até dos Z-Boys originais, o skate já estava destinado à grandeza. Mesmo nos dias em que o carrinho era apenas um brinquedo, antes mesmo de virar passatempo dos surfistas em dias sem onda na Costa Oeste americana, ele já fazia pescoços virarem na rua e causava uma fixação estranha nas crianças e adolescentes, tanto meninos quanto meninas.

Em 14 de maio de 1965, o skate chegou ao seu primeiro apogeu. Naquela semana, Pat McGee, uma das primeiras campeãs americanas de skate, apareceu fazendo uma parada de mão sobre um skate na capa da revista LIFE. Em uma matéria fotográfica de Bill Eppridge, a revista cobriu a franca expansão do skate na Costa Leste dos EUA, mais específicamente em Nova York, com imagens que foram recentemente resgatadas no site da revista.

“O skate é o mais emocionate e perigoso brinquedo que existe atualmente. Um pedaço de madeira ou plástico de dois pés montado sobre rodas que permite ao usuário habilidoso uma excitação similar à do surf e do ski", dizia a matéria de capa da revista. "Para os iniciantes, ele dá a sensação de se ter pisado em uma casca de banana durante uma descida de escada, podendo tornar-se uma ameaça para a vida de quem o enfrenta.”

A reportagem da LIFE foi a primeira matéria da grande mídia a reconhecer o potencial de evolução do skate, tanto no sentido técnico quanto no sentido social, apontando para o surgimento de uma ainda diminuta subcultura. Seja como for, a capa da revista e as fotos de Eppridge previram muito bem o que aconteceria na década seguinte na Califórnia, quando o skate entrou de fato na malha da cultura pop dos dois lados do Atlântico.

Vai lá: http://life.time.com/culture/skateboards-and-skateboarding-photos-1965

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