Linha de produção

por Luiz Filipe Tavares

Fotógrafo canadense registra os parques industriais chineses em toda sua magnitude

Quando o assunto é chão de fábrica, nem os gigantescos galpões da indústria espacial soviética se comparam ao tamanho dos parques industriais chineses desse início de século. Em franco desenvolvimento e crescimento, com recursos abundantes e um plano de investimento que, desconfia-se, seja o maior já feito por um governo na história da humanidade, a indústria chinesa florece cada vez mais derrubando seus concorrentes com quantidade, preços competitivos e ambiente de exportação favorável. 

E desde o meio dos anos 2000, o fotógrafo canadense Edward Burtynsky viaja para as grandes províncias industrializadas da China para registrar em filme esses imensos e titânicos centros de produção em massa. Ali, se vê a linha de montagem de Henry Ford levada ao máximo de sua extensão, com centenas de milhares de trabalhadores em trânsito entre seus apinhados vilarejos-dormitório e as massivas construções do parque industrial chinês. 

Em sua série Manufatura, o fotógrafo mostra o desenvolvimento impressionante da tecnologia de produção em linha dos chineses e procura explicar com suas imagens como é que o país se tornou uma das maiores potencias industriais do planeta. Em seu trabalho, o tamanho dos parques impressiona tanto que é quase possível avistar todos os US$ 1.5 trilhões que sairam da América do Norte em investimentos e contratações com destino direto à instalação industrial chinesa. 

Seu principal foco de trabalho é a província de Guizhou, mais especificamente sua capital Guiyang. A cidade, que tem quase quatro milhões de habitantes, é considerada pequena para os padrões chineses e está em uma das regiões não-agrárias mais pobres do país. Porém foi ali, onde existia boa parte da população sem trabalho, que se instalou um dos mais complexos parques industriais de todo o país. 

Logo abaixo você vê algumas das mais impressionantes fotos de Edward Burtynsky em sua série Manufatura.

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