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Caminhando e cantando

por Lia Hama
Trip #220

Artistas da música brasileira elegem suas canções de protesto preferidas

Lucas Santtana:

“Jorge Maravilha” (Chico Buarque) "Músicas de protesto são melhores quando têm humor. E esta do Chico é uma verdadeira aula de como assuntar uma questão e dar o recado com ironia e inteligência.”

 

 

“O Homem” (Paralamas do Sucesso) “Não gosto quando músicas de protesto são muito panfletárias, por isso adoro esta. Ela fala que os dilemas, as contradições e as lutas devem ser resolvidos primeiramente dentro de nós mesmos.”

 

 “A cidade” (Chico Science & Nação Zumbi) “A letra fala do crescimento desordenado das cidades e do acúmulo de capital de poucos em cima do trabalho de muitos. É uma bela crítica social.”

 

Karol Conká:

“Strange Fruit” (Lewis Allan, pseudônimo de Abel Meeropol) “Mesmo não falando inglês, sempre soube do que esta música falava [do enforcamento de homens negros nos EUA], pela dor e verdade na interpretação da Billie Holiday.”

 

“É” (Gonzaguinha) “A primeira música que eu escutei e prestei atenção com um olhar crítico e político quando criança.”

“Get Up, Stand Up” (Bob Marley)  “A música é do rei e é inspiradora. Fala sobre não aceitar a opressão de qualquer religião.”

 

Jards Macalé:

“The Star Splanged Banner” (Jimi Hendrix) "Quando tocou o hino nacional americano em Woodstock, Hendrix estava fazendo um manifesto contra a guerra do Vietnã.”

“É Proibido Proibir" (Caetano Veloso) “Foi o momento de um manifesto musical, o início do movimento tropicalista.”

“Sinal Fechado” (Paulinho da Viola) “É uma metáfora do fechamento da época da ditadura.”

 

Jorge Du Peixe:

 “Burn Hollywood Burn” (Public Enemy)  “Música nervosa e dançante, com Chuck D e Flavor Flav cuspindo suas rimas ácidas  sobre o mundinho fake das celebridades  de Hollywood.”

 “London Calling” (The Clash)  “O grupo influencia o rock around the world até hoje. Este hit nervoso virou grito das minorias,  da classe operária inglesa nos anos 70.”

“O Homem na estrada’ (Racionais MCs)  “Clássico seminal do cronista Mano Brown  e seus comparsas, com rimas de língua afiada  e mira certeira, mostrando as mazelas do homem comum numa sociedade injusta.”

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