O que o primeiro orgasmo e o início na TV ao vivo têm em comum? Adrenalina, inabilidade, nervosismo… Trip fez um time revirar suas memórias para contar suas primeiras vezes
Ilustrações: Vitória Bas
A primeira vez que entrei ao vivo na TV
“Não sabia direito como me concentrar e focar só na câmera. Quando acabou, meus olhos encheram d’água e pensei: ‘Não nasci pra isso, quero minha mãe’”
Andréia Sadi, jornalista
A primeira vez que sofri preconceito
“Em um dos meus primeiros shows, uma mulher atrás da minha mãe falou: ‘Mas quem é essa menina? Parece uma macaca. Não acredito que paguei para vê-la cantando’”
Ludmilla, cantora
A primeira vez que meu corpo falhou
“Acordei da cirurgia pra tirar um cisto e vi que estava na UTI, toda cortada, cheia de tubos. Perguntei pra enfermeira: ‘É câncer?’. Ela disse que sim”
Simone Mozzilli, publicitária
A primeira vez que arrisquei minha vida por alguém
“Nadei, nadei, nadei e pedia: ‘Deus, me ajuda a achar essa pessoa’. A minha mão tocou nela. Falei pro cara se acalmar pra gente sair de lá”
Vitor Marçal, salva-vidas
A primeira vez que saltei de Wingsuit
“Antes, é o amargo na boca, o medo. Mas a partir do momento em que você entra em sintonia com aquele voo, não passa mais nada na sua cabeça”
Luís Roberto Formiga, dentista e produtor
A primeira vez que pisei em Harvard
“Cheguei com medo, incerta de que aquilo era pra mim. Tinha aquela parte que achava que eu não era boa o suficiente, que não ia dar conta”
Tabata Amaral, cientista política
A primeira vez que fiz a barba
“O geladinho do sabonete, o pincel contra o rosto, a lâmina na pele e o pós barba que faz tudo arder. Foi sobre festejar a conquista de transformar meu corpo”
Jonas Maria, escritor trans
A primeira vez que transei depois do HIV
“Confesso que fiquei meio desconfortável de início, mas respirei fundo e pensei: ‘Vai dar tudo certo’. Sexo é algo natural e tem que continuar sendo”
Lucas Raniel, youtuber
A primeira vez que tive um orgasmo
“Minha filha me presenteou com uma massagem tântrica. Tive vários orgasmos, foi uma coisa maravilhosa, que eu até os meus 57 anos não tinha sentido”