A criminalização
do funk
Por que a cultura negra
continua sendo colocada
à margem da lei
Por: Kamille Viola
Foto: Jeferson Delgado/ divulgação
A associação do funk
ao crime vai e volta das
páginas policiais na mídia,
esquentando quando ocorrem
eventos como a prisão do
DJ Rennan da Penha
Foto: Jeferson Delgado/ divulgação
Em abril de 2019,
Rennan foi acusado
de envolvimento com
o tráfico da Vila Cruzeiro,
onde ele realizava
o Baile da Gaiola,
o maior do país
Foto: Dick Xavier/ divulgação
Entre as provas contra ele
estavam mensagens de WhatsApp
em que o DJ alertava a comunidade
para a chegada da polícia Foto: Thelma Vilas Boas/ Trip
O que, para MC Carol,
que também cresceu
em comunidade, é uma
evidência bem frágil,
já que é comum os
moradores do morro
adotarem essa postura
Foto: Fernando Schlaepfer/ divulgação
“A polícia sobe
quando a criança
está indo para
a escola e vai
atirando. A gente
sabe o que acontece,
então, avisa”,
conta Carol
Foto: Joao Ritter/ Unsplash
Seja qual for o resultado
das investigações, é clara
a presença do racismo
estrutural e histórico
na forma como olhamos
para a cultura negra
Foto: Daniela Dacorso/ divulgação
A criminalização do funk vem
desde os anos 90 e remonta a
história do Brasil escravocrata Foto: Jeferson Delgado/ Portal KondZilla
A imprensa participou
dessa narrativa a partir
do verão de 1992, marco
zero dos arrastões nas
praias cariocas, como
observou a historiadora
Juliana Bragança:
Foto: Robert Nyman/ Unsplash
“Havia uma
necessidade
de se encontrar
um culpado,
e a mídia elege
os funkeiros como
bode expiatório”,
explica
Foto: Daniela Dacorso/ divulgação
Dá pra ir mais longe.
O Código Penal de 1890 já
incriminava práticas como
a capoeira e a “vadiagem”
– muitos sambistas eram
presos por andar com
um violão ou um pandeiro
Foto: Daniela Dacorso/ divulgação
E o funk, assim como
o samba, ficou pop.
É por aí a saída?
Maria Amália Cursino,
do Coletivo Pretaria,
acredita na força da
ocupação dos espaços
Foto: Daniela Dacorso/ divulgação
“Profissionais
pretas e pretos
se especializando
e propondo soluções
em suas áreas de
atuação, para que
realmente existam
mudanças na cultura
e nas relações”, diz
Maria Amália Cursino
Foto: Daniela Dacorso/ divulgação
Conteúdo que transforma
Foto: Jeferson Delgado/ divulgação
Leia mais