O brasileiro é um dos poucos
shapers no mundo a se formar
nas avançadas técnicas de
carpintaria japonesa

Por: Bruna Bittencourt
Foto: Pedro Gomes

As ondas de
Rodrigo Matsuda

No início dos anos 2000,
Rodrigo Matsuda decidiu
trocar o Brasil pelo Japão.
Ao procurar emprego, fez
um único pedido à agência:
trabalhar em uma fábrica
perto do mar

Foto: arquivo pessoal

Os turnos às vezes tomavam
a madrugada, mas, quando
saía do batente, ainda
tinha disposição para ir
para a praia pegar onda
com os colegas

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Foi lá que ele ouviu falar das
pranchas de madeira maciça e sem
quilha que desenvolve, as alaias,
as primeiras surfadas no Havaí

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“Culturalmente, o
surf aqui é diferente.
Quando um japonês decide
pegar onda, ele procura
saber como nasceu
o surf, quais são os
equipamentos”, explica

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O paulistano, que sempre
gostou de trabalhos manuais
e na infância trabalhou
com o tio ceramista,
mergulhou nas técnicas
de carpintaria japonesa
para desenvolver suas peças

Foto: arquivo pessoal

“Não são pranchas para
iniciantes. Literalmente,
você tem que reaprender
a surfar. Por não ter
quilha, ela provoca menos atrito e proporciona
mais rapidez, o que
torna 
o surf bem
desafiador”, diz

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Além de serem feitas a
partir de matérias-primas
naturais, as alaias têm
uma durabilidade muito
maior que a de uma
prancha convencional

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Ele é o único shaper brasileiro
a se formar na Suikoushya
International Craft School,
em Quioto, tradicional escola
de carpintaria japonesa que
ensina técnicas que não utilizam
pregos, cola nem parafusos

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Hoje, Rodrigo exporta
suas alaias para Espanha,
Portugal, Indonésia e
Inglaterra, além de shapes
de skate e handplanes
(pranchas de mão usadas
para o surf de peito,
o clássico “jacaré”)

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Nomes como o surfista
brasileiro Caio Vaz e
o filmmaker havaiano
Jack McCoy já compraram
suas pranchas

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conteúdo que
transforma

Crédito: arquivo pessoal
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