O neurocientista pesquisa o efeito positivo que drogas psicodélicas podem ter na saúde mental das pessoas
Foto: Mario Ladeira/ Trip
Schenberg iniciou os trabalhos do instituto Plantando Consciência, onde desenvolve pesquisas para combater traumas e promover o avanço da ciência
2011
É lá que ele testa o uso de MDMA (o metilenodioximetanfetamina, princípio ativo do ecstasy) em voluntários com transtorno de estresse pós-traumático
O estudo é feito com pessoas que passaram por situações extremas, como sequestro, abuso sexual, tiroteio, assalto e morte repentina de familiares
“São várias as condições de saúde em que os psicodélicos podem ser importantes. Incluem os transtornos de ansiedade, a depressão, a dependência química, o alcoolismo, o TOC”
“A ideia da terapia psicodélica é ir na raiz dos problemas psicológicos dos pacientes. A substância ajuda a pessoa a fechar os olhos e pensar e sentir o que acontece dentro dela, no universo interno, psicológico, afetivo, emocional e cognitivo”
“O que esses protocolos estão mostrando hoje são cerca de 60% a 70% de sucesso com pacientes que são considerados resistentes a tratamentos”
Schenberg foi o único brasileiro a participar do primeiro estudo que trouxe imagens da atividade cerebral sob efeito de LSD, no Imperial College, em Londres
2014/15
Foto: arquivo pessoal
“Lá, o financiamento para a ciência é adequado e perene. Já o cientista brasileiro vive em estresse crônico, insegurança e incerteza. Não há estímulo nem continuidade. Desde que voltei, tomei 16 ‘nãos’”
Foto: arquivo pessoal
Antes de partir para a Inglaterra, ele já estudava o tema em seu pós-doutorado sobre os efeitos da ayahuasca em cérebros saudáveis
Foto: arquivo pessoal
Para Schenberg, embora precise de controle, a demora da medicina em considerar essas substâncias como uma opção passa por falta de incentivo e preconceito
“A gente segue na nossa luta, a gente segue na esperança de que o Brasil vai enxergar quanta gente tem um sofrimento profundo. E de que essa é uma forma de medicina baseada em evidência, no que há de melhor e mais de pesquisa farmacêutica, farmacológica e neurocientífica”
“Os dois maiores obstáculos são o tabu e a falta de investimento financeiro. Sem investimento em ciência e tecnologia, nenhum país no século 21 vai avançar”
Seus estudos em busca de tratamentos mais eficientes para transtornos mentais foram reconhecido com um prêmio Trip Transformadores em 2019
Foto: Pedro Dimitrow/ Trip
REALIZAÇÃO: Academia de Filmes
DIREÇÃO E FOTOGRAFIA: Adriana Yañez
PRODUÇÃO: Paulo Roberto Schmidt COORD. DE PRODUÇÃO: Michele Labiapari COORD. DE PRODUÇÃO EXECUTIVA: Priscila Azevedo OPERADOR DE CÂMERA: Raul Anselmo Carielo ASSISTENTES: Guilherme Rodrigues Dellavalle Mayara Marques da Silva
COORD. DE FINALIZAÇÃO: Thais Barcelos Luiz costa ASSISTENTE DE FINALIZAÇÃO: Felipe Bean Renan Prado
MONTAGEM: Heloisa Kato ASSISTENTE DE MONTAGEM: Fábio do Prado
TRILHA ORIGINAL: Mandril Áudio COORD. DE COMUNICAÇÃO: Thiago Nepomuceno