Uma história em família
A chef Morena Leite era um bebê quando os pais foram para Trancoso montar uma comunidade hippie. A convite da Volkswagen, ela reuniu sete integrantes dessa história para um almoço especial
É de praxe. Seja qual for a hora que a chef Morena Leite, 38 anos, pousar no aeroporto de Porto Seguro (BA), o pai, Fernando Leite, o Nando, 66, estará aguardando para levá-la a Trancoso, paraíso onde a família tem a vida ancorada desde o início dos anos 80. Os 25 quilômetros entre as duas localidades servem para reconectar pai e filha, que, aos poucos, vão se desligando dos compromissos para fazer o que mais adoram: curtir a família, de preferência em torno de uma mesa servida para uma refeição sem hora para acabar.
No final de agosto, o encontro familiar teve um ingrediente especial: o Tiguan Allspace, que embarcou sete pessoas da família nos deslocamentos necessários para os preparativos do encontro. "Lembrei de quando levava todos na Kombi. Agora posso levar sete pessoas em um carro de passeio superconfortável", comentou Nando, surpreso com a experiência.
“Esses avanços tecnológicos trazem cada vez mais segurança para o prazer que tenho em dirigir e pegar a estrada”
Nando Leite
O caminho até a pousada Capim Santo passa por Arraial d’Ajuda, com direito a travessia de balsa. Nesse momento, Nando entra em um túnel do tempo que o transporta para a cena da chegada da família naquele fim de mundo em 1981, puxando uma pequena carreta com geladeira, fogão e baú. Ao seu lado, Sandra Marques (com quem foi casado por 21 anos), segurando, no colo, Morena, com pouco mais de 1 ano.
"Era uma Macondo", diz Sandra, comparando a visão do Quadrado, ornamentado pela igreja São João Batista, ao cenário descrito por Gabriel García Márquez em Cem anos de solidão. "Não tinha luz, água, telefone, padre ou polícia. Fiquei maravilhada com a simplicidade. A ideia do Nando era começar uma comunidade hippie em um terreno afastado. Sorte que o convenci de ficar em um sítio perto do Quadrado."
Sandra confessa que, embora encantada com o lugar, percebeu que seria um começo de vida difícil. "Pensei: 'E agora? O que é que vou fazer?'. Mas sempre fui muito positiva, então, logo comecei a cozinhar, mesmo sem grandes experiências – na faculdade fazia granola e pão integral para vender." Desde o início em Trancoso, Sandra ficou amiga de Dora Miranda, que vinha de Salvador, casada com o holandês Aart. Em dois casais, eles arrendaram um bar e começaram a vender prato feito no verão de 1981. "Foi um sucesso: a gente ficava de dia, e Dora, à noite. Fazíamos café da manhã, almoço e jantar. Servíamos em cumbucas de barro o que tinha de fresco no dia. O bar São João virou point dos estudantes e aventureiros que apareciam em Trancoso. "Tínhamos uma vitrola à pilha e ótimos discos – rolava festa direto. Lembro quando apareceu o Caetano Veloso."
Nasce o Capim Santo
Com o fim do verão, o bar fechou, mas Sandra começou a cozinhar em casa – a fama do prato feito saboroso já estava estabelecida. "O pessoal passava em casa antes de ir para a praia, e falava que, na volta, almoçaria. O movimento foi crescendo até que abrimos o restaurante Capim Santo. Comemos juntos, sempre que possível, até hoje, com olhar crítico, testando novos pratos. A gastronomia intuitiva faz parte da história de sobrevivência, e de formação, da nossa família."
Morena concorda: "Na cozinha de casa, muitas histórias foram contadas. Percebi que, a partir da comida, poderia conhecer pessoas e compartilhar conhecimento. Aos 18 anos fui estudar na França, onde me formei como chef na Cordon Bleu". Hoje, Morena rege mais de 300 funcionários em seis restaurantes e um buffet, além do Instituto Capim Santo, que tem cinco escolas no Brasil, capacitando jovens cozinheiros. Quando está em Trancoso, adora as reuniões familiares na casa de bambu, feita pelo irmão Marcel, 33 anos.
Sem precisar abusar do motor do carro, Morena busca ingredientes frescos na fazenda Sapirara ou em pescarias com o amigo Dinei. Não foi só ela quem pilotou o Tiguan Allspace: Nando também aprovou a tecnologia do carro como o sistema Easy Open, que permite abrir o porta-malas com o movimento do pé. "É ótimo para as situações em que estamos com as mãos ocupadas para abrir o porta-malas." O sistema que reconhece um pedestre que apareça subitamente em frente ao carro, bem como a facilidade de manobrar usando a câmera traseira, também chamaram a atenção. "Esses avanços tecnológicos trazem cada vez mais segurança para o prazer que tenho em dirigir e pegar a estrada."
Vivendo o segundo casamento com Simone Felicio Leite, Nando lembra dos filhos na Kombi que comprou em 1984. "As crianças adoravam. Íamos à escola, em Porto Seguro, fazíamos as vezes de ambulância para as emergências da vila, e viajávamos para São Paulo. Fizemos muita coisa com ela."
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Do Fusca ao Tiguan
A ligação de Nando com a Volkswagen vem de berço. "O primeiro carro da família foi um Fusca verde 1300, em 1964. Aprendi a dirigir nele, aos 16 anos", conta o empresário de Espírito Santo do Pinhal (SP). Mais tarde, inconformado com a ditadura no Brasil, Nando deixa o país de mochila nas costas para perambular mundo afora durante quatro anos. Vive mais tempo na Suíça (onde trabalhou numa cave de 1537); Inglaterra (lavando louça em um restaurante do bairro londrino Covent Garden) e Canadá (colheita de tabaco de abril a setembro). De volta ao Brasil em 1978, conhece Sandra, então vivendo numa república em Pinheiros (SP). Em menos de três anos, chegavam a Trancoso com a bebê Morena no colo. A saga familiar com a Volkswagen seguiu a bordo da Kombi, mais tarde sucedida por uma sequência de três Parati e duas Space Fox. No último mês de agosto, Nando testou o Tiguan Allspace, com capacidade para sete pessoas – e se impressionou com o motor 350 TSI. "Foi muito bom pisar na estrada e sentir a resposta rápida do carro. Mesmo na subida, você não percebe a mudança automática de marchas. É tudo muito suave."