A jornada
Com acervo formado por mais de 7 mil fotografias, o antropólogo norte-americano Jim Heimann conta a história do surf em novo livro
Quando Jim Heimann era jovem, nos anos 60, o surf era o principal acontecimento na vida de um garoto da costa oeste dos Estados Unidos. Na hora de ser agraciado pelas ondas, porém, Jim não tinha dinheiro para comprar uma prancha. Para não perder o momento, passou a praticar uma arte gratuita: observar. Em volta, avistou surf nas roupas, músicas, carros e estilos de vida. Ali, pensou, existia uma cultura única a ser explorada.
Jim agora é antropólogo e por quatro anos percorreu museus e coleções particulares em busca de imagens que traçassem a história do esporte, por todo o planeta. “Como me falaram uma vez: onde existir litoral, lá estará o surf”, disse à Trip.
Os esforços resultaram em uma coleção de 7 mil fotografias e reproduções, das quais Jim selecionou 900 para o livro Surfing 1778-2015 (Taschen, US$ 200). Em 600 páginas, a obra acompanha cronologicamente a influência do esporte na moda, no cinema, na música, na economia e no comportamento.
Com o livro, Jim tenta mostrar que o surf não é apenas o fato decisivo da vida de um garoto de praia. É uma jornada (antropológica, claro) que vai além do que ele observava à beira do mar. “A evolução do surf reflete o progresso humano”, afirma Jim.
Vai lá: Surfing, o livro