Aero Willys 1966

Um classudo Aero-Willys 1966, bordô, foi visto num set de filmagens com a deslumbrante atriz a bordo. Descubra aqui o que fazer para ter a belezura (a caranga apenas, bem dito) só para você

por Redação em

Modelo: Aero Willys
Ano: 1966
Preço: a negociar com o dono

Maitê Proença disfarçada com uma peruca loira a bordo de um Aero Willys 66 só pode ser coisa de cinema. E é mesmo. Em Onde Andará Dulce Veiga?, próximo filme de Guilherme de Almeida Prado, baseado no livro homônimo de Caio Fernando Abreu, Maitê faz o papel da mulher do título que é procurada desesperadamente por Caio, um jornalista de meia-idade protagonizado por Eriberto Leão. Uma das poucas peças disponíveis do quebra-cabeça que ele tenta montar é a lembrança da loira saindo de um táxi, na única vez que a viu. A cena o deixa obcecado, a ponto de transformar-se em uma série de flashbacks, sempre acompanhados do classudo Aero Willys bordô, no papel de táxi. A ilusão aparece em Manaus, no centro de São Paulo, no Rio de Janeiro, em Ribeirão Preto e nos demais lugares onde o jornalista sai à caça de Dulce. Se Eriberto encontra a mítica Maitê no filme, com estréia prevista para 2006, Almeida Prado não conta. Mas para achar o carro é fácil: ele está numa garagem na Vila Sônia, em São Paulo - e à venda. "Filmei com dinheiro público e não posso ficar com nada do que foi usado", explica o diretor, conhecido por A Dama do Cine Shanghai (estrelado por Maitê também). 

Não é a primeira incursão da caranga na sétima arte. Outro cineasta, Hermano Penna, já a tinha utilizado em Vôo Cego Rumo ao Sul, de 2003. No filme, quatro revolucionários na aurora da Ditadura Militar viajam de São Paulo ao sul do país em busca de uma resistência à altura do golpe. O Fusca que os transportava quebra e eles então elegem o Aero Willys como o QG móvel. "Olha, não posso dizer que o carro está perfeito, mas o Hermano deu uma boa guaribada nele", conta Almeida Prado.

A verdade é que o cineasta, fã da "beleza dos carros antigos", mal tocou na complicada alavanca de marcha junto à coluna de direção do Willys. O carro fez sucesso é com seu filho de cinco anos, Gilberto. "Ele acha que vamos ficar com o carro pra sempre, toda hora pede para ver", diz o pai. Para partir o coração de Gilberto, desvendar parte da obsessão de Caio e andar por aí, ligue no [11] 3021-5650 e negocie com o Rafael, da produção de Dulce Veiga, o preço do carrão bordô.

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