Ícone transformador

Carlos Motta, designer do troféu do Trip Transformadores, explica o conceito da escultura

por Paulo Lima em


Desde a primeira edição do prêmio Trip Transformadores, a peça escolhida para simbolizar a homenagem aos escolhidos a cada ano foi algo pensado com muito critério. Queríamos um objeto que carregasse em si toda a verdade da premiação.  O primeiro passo foi convidar o arquiteto e designer Carlos Motta, membro do conselho editorial da Trip e alguém que vive os mesmos princípios que o prêmio defende: a ideia básica de interdependência, o conceito de que as coisas só estarão bem se estiverem bem para todos.

Para Carlos Motta, os troféus do Trip Transformadores representam uma face diferente de seu trabalho. "O conceito do objeto oferecido como trofeu, para as pessoas premiadas no Trip Transformadores, esta diretamente ligado ao próprio conceito deste genial prêmio. É sofisticado e ao mesmo tempo  simples. É precioso e desejável, porém não ostensivo…”, explica Motta. Foi dele a ideia de ter no centro do troféu, um cristal puro, símbolo de que o tempo, a força da natureza e as condições ideais podem transformar um elemento rude e tosco como o carvão em algo nobre, transparente, belo, harmonioso e forte. "Este objeto é formado por um belíssimo cristal natural e lapidado, simbolizando o trabalho realizado pelo ganhador/transformador. O cristal para chegar nessa beleza e pureza da transparência. passou por processo poderoso de transformação, através de muita pressão geológica…”, conta o escultor.

Para envolver  o cristal, um disco de madeira torneada simbolizando o lado acolhedor e quente da natureza, além da ideia de infinito e do todo, que o círculo encerra. "A madeira em forma circular, onde esta fixado o cristal, esta ai para  trazer conforto visual e tátil. É o afeto. E a base em bronze, material extremamente longevo, apoia o objeto sobre qualquer superfície, pois tem a forma de tripe, símbolo do equilíbrio. Este objeto foi especialmente desenhado para o Trip Transformadores”, finaliza. O trabalho é feito à mão no ateliê de Carlos Motta, que com sua esposa Sybilla Simonek (designer de jóias que divide a criação da peça com ele) e um grupo de artesãos confecciona uma a uma as esculturas-troféus que no dia 5 de novembro chegarão às mãos dos homenageados Dira Paes, Augustin Woeltz, Fernanda Keller, Érica de Paula, Irene Adams, Claudio Sassaki, Maria Berenice Dias, Marcelo Rocha, Julio Cesar da Silva Lima, Miguel Lago e Alessandra OroFino. 

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