Verônica Ferriani em São Paulo

Show de lançamento do segundo disco é programa pro feriado neste sábado, 16

por Camila Alam em

A cantora Verônica Ferriani faz show de lançamento do seu segundo disco, Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio, neste sábado, dia 16. O álbum, que fala de amor e dor, é todo autoral e levado ao palco pelos músicos Guilherme Held (guitarra), Sergio Machado (bateria) e Rodrigo Campos (guitarra e violão). Também participam do show Alexandre Ribeiro (clarone), Pepe Cisneros (piano suette) e Thiago França (sax). A direção músical fica a cargo dos produtores Marcelo Cabral e Gustavo Ruiz. No site oficial, dá pra baixar o som e ir entrando no clima do feriado. Para a Tpm, Verônica antecipou um pouco do que planejou para o espetáculo.

Tpm: O que você tem planejado para o lançamento?
Vamos contar ao vivo a história do disco, tocando essencialmente suas músicas e juntando a galera que esteve comigo em estúdio ou no lançamento do álbum no Japão, onde estivemos nas últimas duas semanas. São músicos que fazem parte da minha história ou da história desse disco de várias formas, e que têm trabalhos bem importantes na cena atual da música brasileira. No Auditório estarão Marcelo Cabral, na direção musical e baixo, Guilherme Held, guitarra, Sergio Machado, bateria, e participações de Rodrigo Campos (guitarra), Alexandre Ribeiro (clarinete), Thiago França (sax e flauta) e Regis Damasceno (violão 12 cordas). Vamos tocar uma canção minha inédita, uma do Rodrigo, outra do repertório do Romulo Fróes.

De que maneira o Marcelo Cabral e o Gustavo Ruiz influenciaram, cada um a sua maneira e estilo, no disco?
Marcelo e Gustavo são ótimos músicos que fazem diferença na cena hoje. Também os dois começaram a investigar esse lance da produção musical de algum tempo pra cá e tem feito trabalhos super bonitos, relevantes. Ao mesmo tempo, eles têm histórias e referências diferentes que funcionaram de maneira incrivelmente complementar no disco. Quando pensei em juntá-los, repetindo a experiência do Som Brasil (TV Globo, 2007), tinha curtido também pelo fato de ser uma relação a trio. Minha experiência com Cabral é bem mais antiga, começamos tocando juntos; por isso ele me conhece muito bem. Ao mesmo tempo, a presença do Gustavo trouxe um frescor super bem-vindo. Cabral tem um lado experimental e agregador de talentos, enquanto Gustavo trouxe uma ousadia pop pro disco que se combinaram muito bem.

Muitas das suas composições neste álbum falam sobre amor, mas principalmente sobre o término dele. E você finaliza o disco com “O amor morre, a arte não”. A dor, como o amor, foi inspiração?
Claro que sim, historicamente as dores de amor são inspiração pra arte. E é universal: a maioria das músicas em todo o mundo tem como tema amores perdidos, conturbados, inesquecíveis... Queria falar de amor e o que eu fiz foi buscar um recorte mais próprio e irônico, lembrando como uma mesma pessoa passa, na verdade, por tantos papeis ao longo de sua vida amorosa. Por isso há também músicas de amores felizes e serenos, de amor próprio e amor à vida, A verdade é que sempre gostei de inventar histórias de amor, todas essas. Também tenho um lado passional que queria explorar, trazendo um ar confessional ao disco que justamente tivesse o poder de passar uma impressão bem pessoal, sem necessariamente sê-la. Caetano disse uma frase incrível sobre isso: "Todas as minhas canções são autobiográficas, inclusive as que eu fantasio."

Vai lá: dia 16/11, às 21h, no Auditório Ibirapuera
www.veronicaferriani.com  

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