Há dois anos, ela abriu espaço no armário dele para colocar suas roupas. Também espalhou seus livros, filmes e heranças de família pelas prateleiras, por cima das cadeiras, no móvel da cozinha. “Este era um típico apartamento de homem solteiro. Dei um toque feminino, ficou tudo mais quente”, sintetiza a estilista Valérie Ciriadès, 30 anos, sobre o canto que agora chama de nosso – em um prédio dos anos 80 no bairro paulistano dos Jardins, que divide com o fotógrafo e diretor Luiz Gustavo Dias.
Hoje o lençol não varia mais entre preto e branco, é florido. E o ar sóbrio e moderno se mistura à graça das flores, que ela troca de 15 em 15 dias. Sem falar das antiguidades, que trouxe da casa da mãe. Quase não há limites entre os 112 metros quadrados do apartamento, já que na reforma – feita quando ele comprou o apê – boa parte das paredes foi derrubada. “A ideia é que seja tudo uma coisa só”, explica.
Xodó da casa Quando você entra na casa de Valérie, respira livros, respira arte. O xodó é a estante da sala recheada de obras. Os amigos, frequentadores assíduos dos almoços e jantares oferecidos pelo casal, passam horas procurando pelo que mais gostam. “Como está tudo na mão, todo mundo encontra algo interessante e pega. A intenção é essa mesmo”, diz.
Em dias sem visitas, Valérie aproveita para produzir os desenhos da marca que leva seu nome, com lançamento previsto para este mês. Para evitar a bagunça de tecidos e croquis em cima da mesa da sala, seu canto preferido, montou um escritório, que está deixando com a sua cara. Apaixonada pelo bairro, ela vive na rua. Tem restaurantes, livraria e padaria favoritos. Mas, há oito meses, um motivo maior a faz ficar mais caseira: Anuk, sua cachorrinha griffon de bruxelas. Mas brinca: “Não que precise de motivo para ficar aqui, convenhamos”.
<b>Se joga!</b> O sofá, de mais de 1,40 metro de largura, é da Artefacto. As almofadas, da Benedixt. “Todos os dias tem sessão de cinema neste sofá.” A cadeira é Tok & Stok e o bonequinho do Kurt Cobain, do bazar do São Paulo Fashion Week / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Canto preferido</b> A estante foi encomendada a um marceneiro e a mesa de madeira é da loja Tradição Mineira. A fruteira prateada é Benedixt e as luminárias, La Lampe / Créditos: Romulo Fialdini
A bandeja, da Etna, serve para ela deixar tudo quando chega da rua / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Arte na cozinha</b> A ilustração é de Luiz Gustavo e foi originalmente publicada na revista Chiclete com Banana, em 1988. O sofá preto é da By Design e o fogão smag é perfeito para o casal preparar seus jantares – porque é profissional e fica próximo à sala / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Exposição particular</b> Os painéis de backlights fazem parte de uma exposição de fotos do livro de seu marido, Luiz Gustavo Dias, chamado I Didn’t Mean To Hurt You / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Vintage</b> No manequim, herança da avó, a paulista faz a prova de suas criações / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Mistura</b> As cadeiras da sala são misturadas. Três delas são do Motta e Motta Antiquário e as outras, da Tok & Stok. Esta é Motta e Motta / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Passei por aqui</b> O toque feminino no quarto vai desde a cadeira Tok & Stok ao lençol Alexandre Herchcovitch para Zêlo / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Raridades</b> No móvel branco da Triptyque ficam vários livros do Andy Warhol, entre outros. Espalhados pelo apartamento, pôsteres de bandas comprados no site www.gemm.com / Créditos: Romulo Fialdini
<b>Coisas dela</b> Na estante, o livro da artista plástica francesa Sophie Calle, que Valérie adora, e as louças que trouxe de viagem recente a Nova York / Créditos: Romulo Fialdini
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