Terapia de guarda-roupa
Criadoras da Oficina de Estilo lançam seu primeiro livro, que traz o lema "substitua consumo por autoestima"
A engenheira Cristina Zanetti, e a advogada, Fernanda Resende, por pura paixão trocaram suas profissões de formação por uma atividade que hoje faz muito mais sentido pra elas. As duas são a dupla por trás da Oficina de Estilo, uma empresa de consultoria de estilo pessoal criada em 2003, em São Paulo. Contrárias às chamadas "ditadura" e "regrinhas" da moda, desenvolvem um trabalho com foco em autoconhecimento e propõem aos clientes obter resultados mais relacionados com autoestima do que com "looks legais". "A gente atende pessoas com demandas práticas, interessadas em aperfeiçoar a aparência e otimizar o acervo, acrescentando inteligência ao comprar e ao usar peças que comuniquem identidade. Nossa visão da consultoria de estilo tem mais a ver com gente do que com roupa, mexe com autoestima, segurança, credibilidade e muitas vezes funciona como terapia de guarda-roupas", esclarece Cris.
Nesta semana, a dupla lança seu primeiro livro, Vista quem você é - descubra e aperfeiçoe seu estilo pessoal. A publicação é resultado da experiência que adquiriram em 10 anos de provadores com clientes reais e, acompanhando a filosofia da Oficina, quer mostrar que não há certo ou errado na hora de se vestir e que tudo é uma questão de se conhecer melhor.
Conversamos com a Cris, que contou mais sobre o livro e sobre o trabalho realizado na Oficina.
Tpm. A proposta de vocês é diferente do que a própria moda propõe, certo? Fale mais dela?
Cris. Acreditamos que se a pessoa se conhece, se ela se entende, se ela troca os parâmetros externos e o que as pessoas acham dela por parâmetros internos, ela precisa comprar menos coisas, consumir menos. E não somos contra o consumo, somos contra o consumo inconsciente. Então, não é deixar de comprar, nem deixar de consumir moda, mas é consumir de uma forma saudável e consciente. Copiar looks só pela admiração, ou porque fica bem no outro, é substituir autoestima por consumo.
Então a moda pode ser uma aliada pra todo mundo? Com certeza. Ela é uma aliada quando traduz a personalidade da pessoa e sua unicidade no vestuário. Por isso é importante o autoconhecimento. Pra que as nossas roupas comuniquem quem a gente é e o que a gente gosta, e não que a gente se torne um frankenstein da moda, cheia de referências que não são nossas, mas impostas por pessoas que a gente admira, como it girls e celebridades, mas que têm um estilo de vida que não cabe no nosso. Por isso, o trabalho meu e da Fer não é tanto com moda, mas com gente. Pensamos que a roupa é uma ferramenta, autoconhecimento em forma de guarda-roupa.
Tem que gastar muito pra se vestir bem e ter um guarda-roupa versátil? Não necessariamente. Acho importante mesmo a pessoa conseguir traduzir seus gostos e interesses para seu estilo de se vestir. Esse é o segredo. E no livro falamos e ensinamos tudo o que aprendemos e aplicamos nos 10 anos de trabalho de consultoria de imagem na Oficina pra que as pessoas consigam fazer tudo sozinha. Lá está nossa receita de autoestima, nele mostramos como se vestir de você mesmo.
Vai lá: Vista quem você é - descubra e aperfeiçoe seu estilo pessoal, (Editora Casa da Palavra); R$ 39,90 // www.oficinadeestilo.com.br