Só em Miami
A combinação é perfeita: tempo bom, arte das boas (e das duvidosas também) e gente sofisticada (opa, e duvidosas também!). E, principalmente, endinheirada. Milhões de dólares rolaram na cidade: só no evento principal estavam 200 galerias internacionais, incluindo brasileiras como a Fortes Vilaça e a Vermelho; foram mais de 1500 artistas representados – e mais de 40 mil visitantes. As festas, sei lá quantas, eram disputadas a tapas. Mas o melhor era flanar pelas feiras paralelas, com arte alternativa, como a Pulse e a Scope.
O must do sábado à noite foi subir e descer as escadas do Moore Building, no Design District – ali estava o melhor do design de móveis, incluindo a Espasso de Nova York, que vende móveis brasileiros. “Posso te dizer quem aqui é de Miami e quem não é – e a maioria não é”, disse Andrés, editor colombiano da versão do Miami Herald em espanhol, ao rodar comigo pelo Design District. E eu podia dizer quem era de Nova York e quem não era – bastava reparar em quem vestia preto (uniforme nova-iorquino). De fato, tirando os europeus e os californianos, Miami virou Manhattan por alguns dias – uma Manhattan com alegria latina e pé sujo de areia.