Puxão de orelha
Faça suas contas, dê um passo pra trás antes de comprar e respire fundo
Chega de viver no vermelho. Faça suas contas, dê um passo pra trás antes de comprar e respire fundo. É mais fácil do que parece
Uma das coisas mais chatas que existem é se preocupar com dinheiro. Quando as coisas vão bem e ele sobra, queremos melhorar de vida, trocar de carro, de casa, de guarda-roupa, de celular. Quando as coisas estão mais difíceis e o dinheiro é curto, aí é que nem paramos pra pensar nele, afinal nunca sobra nada no fim do mês mesmo. Enquanto isso, nosso cheque especial está com cifras mais altas do que o próprio salário, e o cartão de crédito idem.
Agora vamos tentar enxergar a vida financeira como ela realmente é: a taxa média de juros do cheque especial, em abril de 2008, estava em 7,70% ao mês ou 143,55% ao ano. Isso significa que, se você deixar um saldo médio devedor na sua conta de R$ 1 mil, ao longo de um ano você terá gasto R$ 924 só com juros.
Para mim é bastante frustrante esclarecer dúvidas sobre qual ação vai subir nos próximos meses, ou se o dólar não caiu demais, ou de menos, para depois descobrir que essas mesmas pessoas que me perguntam estão constantemente devendo dinheiro no cheque especial ou no cartão de crédito.
Já pro banco!
Não adianta tentar aplicar o seu dinheiro para receber uma rentabilidade de 11,75% ao ano e pagar 143,55%, também ao ano, na sua dívida de cheque especial. Certamente, essa conta não pode dar certo. Quer saber qual a melhor aplicação nesses casos? PAGUE SUAS DÍVIDAS!
Cheque especial e cartão de crédito são instrumentos excelentes em situações de emergência. Quando algum imprevisto ocorre, é fundamental poder contar com crédito rápido e fácil. Mas cuidado, se você sempre estiver utilizando esses fundos, converse com o seu gerente, faça um empréstimo pessoal e pague o que deve – os juros são bem menores.
Ocupe-se de seu dinheiro. Gaste 30 minutos do seu dia organizando suas contas. Se as suas finanças estiverem bagunçadas, puxe o freio de mão. Dê um passo pra trás antes de comprar e respire fundo, faça um orçamento e diminua os gastos. É mais fácil do que parece.
Brasileiros passaram R$ 83,4 bilhões de cheques sem fundo entre março de 2007 e fevereiro de 2008 segundo a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Já pensou no tamanho do prejuízo?