Psiu, gatinha
Videogame põe mulher armada para atirar em homens que passam cantadas desprezíveis
"Pst! Pst! I like your bounce, baby"
A enorme polêmica em torno do game Hey Baby é justa. O novo jogo virtual recentemente lançado por Suyin Looui através da Lady Killas INC. tem como personagem uma mulher, como cenário ruas escuras e vazias, como objetivo atirar em um homem para matar, e como recompensa, frases melhores em suas lápides, que saem do chão após serem mortos.
Se você, como muitas outras mulheres, também está cansada daquelas cantadas péssimas, vulgares e invasivas, é a sua chance de descontar a sua raiva nesse game. A polêmica toda fica por conta de alguns comentários que teriam levantado questões como o jogo influenciar as pessoas a serem violentas, menos pacientes, e instigá-las a diminuir sua tolerância a armas e tiros.
Longe disso, usuários comuns optaram por receber o jogo como mais um game no mercado - e nada mais-, e o fato de seu personagem principal ser uma mulher e estar armada, só o faz parecer ter algum senso de humor. No mínimo, o questionamento levantado pelo game é válido, e no lugar de críticas e depreciações, deveria receber elogios por resgatar uma situação muito vivida por mulheres, e pouco dividida publicamente, afinal, quem nunca quis matar aquele que mexeu e lhe disse gracinhas de mau gosto na rua?
Qualquer que seja o motivo, o frenesi causado por uma mulher armada, pronta e disposta a atirar, mesmo na "vida de mentirinha" parece ter incomodado pessoas mais conservadoras, que, cá pra nós, acostumados a atirar em vizinhos, inocentes, policiais, prostitutas, ladrões ou qualquer tipo de gente em outros jogos, não deviam ter do que reclamar sobre este - nada mudou além do alvo.
O jogo está disponível para ser jogado online através do próprio site de divulgação [http://www.heybabygame.com], onde também é possível comprá-lo na sua versão completa. Alguns acham que o jogo pode transformar a mentalidade dos homens com relação a maneira como tratam as mulheres; outros, acham que o jogo irá dar as mulheres um poder estranho e ilógico - o de matá-los.
E você, de que lado está?