“Protect me from what I want”, ou “Proteja-me do que eu quero”, é uma das expressões mais famosas da americana Jenny Holzer. A artista contemporânea constrói as frases e as expõe em pôsteres, projeções e painéis de LED em diversos pontos estratégicos e bem visíveis das grandes cidades, numa forma de intervenção urbana. Jenny Holzer começou a produzir no fim dos anos 70 e faz parte da geração de artistas conceituais que exploravam a palavra.
“Ela não trabalha só graficamente, mas também explora questões reflexivas, chamando a atenção mais para o conteúdo do que para a forma”, explica a crítica de arte e curadora Daniela Labra. Parte da série “Survival” (1983-1985), a frase “Protect me from what I want” foi também repetida em vários lugares, como na customização de um BMW em 1999, no projeto da marca de carro. No mesmo ano, a frase foi título da exposição de projeções de Jenny nos cenários urbanos do Rio de Janeiro.
Tata Amaral, 49, cineasta - 'Significa que devo ter responsabilidade pelas coisas que eu quero para não ter de me proteger. Quando você quer, pode ser que aconteça, pode ser que você seja satisfeita. Acho que sempre me preocupei muito com isso, ter responsabilidade sobre minhas vontades. Minha mãe sempre dizia: ‘Querer é poder’.' / Créditos: Arquivo pessoal
Claudia Raia, 43, atriz - 'O ser humano é capaz de tudo, até de querer coisas nocivas e negativas para si mesmo. Essa frase me remete a algo como ‘proteja-me dos meus mais profundos desejos e pensamentos. Proteja-me de mim mesma, eu sou o meu maior perigo’.' / Créditos: Arquivo pessoal
Carla Barth, 35, artista plástica - 'Para alguém chegar a ponto de pedir pra ser protegido dos próprios desejos, só pode ser algo que seja prejudicial a alguém ou a si próprio. Eu quero ser protegida do consumismo.' / Créditos: Samuel Esteves
Eloísa Martinhago, 42, dentista - 'Ninguém quer, de verdade, se proteger de suas vontades, a gente quer o desejo cumprido. Eu quero ser protegida do que não é real, do que está dentro de mim e não está no mundo externo. Qualquer que seja o tipo de falsa ilusão: do financeiro ao amor.' / Créditos: Arquivo pessoal
Paula Parisot, 31, escritora - 'Todo desejo é perigoso. Na vida há o acaso, a imprevisibilidade, e contra isso não existe proteção.' / Créditos: Arquivo pessoal
Tiê, 30, cantora - 'Às vezes a gente quer tanto uma coisa que acaba se machucando. Porque tanto é muito, e muito quase sempre é demais. Quero ser protegida do apego como um todo: com pessoas, situação, vida, sentimento. Tem o apego e, com ele, o medo do abandono. Essa questão é o que pega pra mim.' / Créditos: Arquivo pessoal
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.