Perseguição à perseguida
Loja de roupas íntimas da pacata Juruaia, MG, avança nas preliminares e lança a primeira lingerie com GPS do Brasil
Loja de roupas íntimdas da pacata Juruaia, MG, avança nas preliminares e lança a primeira lingerie com GPS do Brasil. Não é pegadinha, é tecnologia
No ramo dos fetiches e fantasias sexuais, tem um tanto de coisa neste mundo. E nem vamos entrar no mérito do que é ou não estranho – afinal, cada um tem sua mania. Mas juntar tecnologia com “jogos eróticos para sedução” é, no mínimo, curioso. A calcinha que já vem com GPS embutido foi criada numa cidadezinha de 8 mil habitantes em Minas Gerais. A novidade permite, se a mulher quiser, que o parceiro entre em um site e consiga rastreá-la. Qualquer semelhança com a família Jetson, aquela do desenho em que os personagens do futuro viviam cercados pelos gadgets mais mirabolantes, é mera coincidência. A inventora da peça, a juruaiense Lúcia Iório, 38, dona de uma das muitas lojas de lingerie da cidade (conhecida como a capital brasileira de roupas íntimas), conta que, depois do choque inicial, as clientes aceitam bem o produto. “No começo, todo mundo acha que é uma peça machista. Mas depende de a mulher ligar o aparelho e fornecer a senha. É uma brincadeira, um fetiche. E não vendemos para homens”, ressalva a empresária. A psicóloga Mariana Rodrigues, 30, é uma das duas únicas clientes que desembolsaram R$ 2 mil para adquirir o produto. Ela foi de Catanduva, em São Paulo, até Juruaia conferir a novidade. “Comprei e gostei. Meu marido não entendeu muito no começo, tive que explicar, mas ele me achou no fim. Todas as minhas amigas querem, só não compram pelo preço.” Detalhe: a lingerie com GPS recebeu o nome de Ache-me se for capaz.