Pelo fim das peruinhas infantis
Neste mês das crianças, fazemos um apelo: colar de pérolas em bebês já é demais, não?
Meninas, eu vi. Na sala de embarque de um aeroporto cheio, no meio de um feriado, lá estava ela: uma menininha fofa de 2 anos (no máximo), em seu carrinho de bebê. Ela dormia, já que as jornadas aéreas não são fáceis e alguns voos estavam atrasados. Nossa protagonista tinha uma chupeta na boca. Até aí, normal. Ela vestia um casaquinho com estampa de onça. Mas, até aí, tudo bem, né? Cada pessoa sabe do seu gosto e do que acha bonito vestir na filha, certo?
A garotinha (ou seria bebê?) calçava um par de sapatinhos de verniz, que, convenhamos, não é o material mais confortável para crianças pequenas. Aliás, não entendemos por que algumas mulheres usam sapatos mais altos do que os da Lady Gaga para viajar, talvez masoquismo. Mas a coluna e os pés são delas, que façam o que quiserem. Voltando à observação da criança, minha tolerância para com o quesito acessórios finalmente acabou quando vi que a menininha usava também um - pasmem - colar de pérolas (fake, espero). Daqueles que dão mais de uma volta. Coco Chanel se revira no túmulo e as pessoas preocupadas com a segurança infantil também. Uma criança a ponto de ser estrangulada qual Isadora Duncan. Sem o glamour.
Algumas perguntas surgem: isso é legal? Ou: os pais podem ser presos por isso? Provavelmente não. Mas isso é legal? Ou: isso é bacana? Neste mês das crianças, esperamos ardorosamente que não. E que vestir pobres (ou ricas) criancinhas como se fossem peruas não seja tendência. Jamais.