Olhar estrangeiro
Ana Maria Maia exercita seus dotes de curadora e enxerga arte em diferentes pontos de SP
Aos 26 anos, a jornalista Ana Maria Maia é uma das curadoras do projeto Rumos Artes Visuais, do Itaú Cultural, que mapeia a arte contemporânea do Brasil. Além disso, foi curadora assistente da 29ª Bienal de São Paulo, no ano passado. Sua transição do jornalismo para as artes aconteceu ainda na faculdade, em Recife, quando era repórter da agenda cultural universitária. “Quando ia ao encontro de um entrevistado com minha editora, não me reconhecia nela, mas sim no artista. Percebi que estava do lado errado”, lembra Ana. Então, em 2006, a pernambucana, com colegas de faculdade, lançou o portal Dois Pontos, hoje fora do ar, totalmente voltado para arte. Foi quando conheceu o curador da 29ª Bienal, Moacir dos Anjos, que na época era diretor do Mamam (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães), de Recife, de quem ficou amiga. “Eu olhava as coisas que o Moacir fazia e conseguia me ver fazendo aquilo em 20 anos”, conta. Em São Paulo desde 2009 para um mestrado em história e crítica da arte, Ana curte seu olhar estrangeiro sobre a cidade e escolhe alguns lugares preferidos que, mesmo não sendo galerias, têm muita arte no seu contexto.