O pulo da gata

Quem caminha pela avenida Epitácio Pessoa, no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, desacelera o passo na altura do número 1.244. É difícil não reparar na “menina da porta” do restaurante e boate Nuth Club. De turbante e óculos escuros em plena noite, a hostess Cinthia Felizardo, 29, chama a atenção. “Me acham estilosa. Pensam que sou artista!”, diverte-se.

Nascida em Bauru (SP), Cinthia era bailarina e se mudou para o Rio em 2001, para estudar no Tablado. Na capital fluminense, foi garçonete e consultora da loja Maison Kaká Barcelos até virar hostess. Sempre ditou moda. “Crio combinações, e as pessoas começam a usar.” Neste inverno, Cinthia contaminou as amigas cariocas com as botas, não tão comuns no Rio. “Me inspirei nas paulistanas e uso botas de cano longo. Adorei quando vi pessoas próximas usando também.”

Apesar de investir em acessórios marcantes, Cinthia – conhecida como Gata-gata por apelidar todos dessa maneira – prefere comprar roupas em lojas como Renner e Marisa e é rápida para se arrumar – o fato de sua casa só ter um espelho de armário de banheiro ajuda.

Hoje, a Gata-gata é bailarina da noite. Acorda depois das 16 horas e dorme depois das 4 horas. Por isso, prefere vestidos confortáveis e saltos não tão altos. “Só abro mão do conforto com o cinto. Às vezes incomoda, mas dá um toque na roupa.”