O mundo gay e o iPhone

Reparamos que a maioria dos nossos amigos que namoram meninos paquera (e pega) loucamente pelo iPhone

por Nina Lemos em

Reparamos que a maioria dos nossos amigos que namoram meninos paquera (e pega) loucamente pelo iPhone. Começamos a viajar e pensar o que seria se um deles não tivesse um dos caríssimos aparelhos da Apple. Ele ficaria sem sexo? Nosso muso Vitor Angelo veio explicar que não é nada disso! Ufa!

 


Quase todos os nossos amigos gays estão viciados no Grindr, um aplicativo de iPhone que mostra os caras “disponíveis” que estão por perto. Sim, o lance dá a distância em metros e mostra fotos de caras disponíveis. O que acontece? Pegação. O Grindr é uma espécie de sauna gay on-line, só que, claro, com pinta de mais discreta. Apesar de muitos dos caras estarem lá exibidos e sem camisa. Não, nada contra, cada um faz o que quer!

Mas ficamos pensando por aqui: será que um homem gay tem que ter iPhone? Claro. Não somos retardadas e sabemos que a maioria da população do Brasil nem sequer tem dinheiro para pensar em ter o aparelhinho da Apple que custa quase dois paus.

“O iPhone é um sinal de status”, diz o jornalista Vitor Angelo, autor do Blogay. “Acho que a pessoa que faz pegação pelo Grindr se sente uma ‘mulheres ricas’, mais chique do que alguém que frequenta uma sauna, por exemplo. Só que se sentir assim não é nada chique.”

Para ele, tudo isso é onda. “Não adianta fingir que paquerar pelo iPhone é moderno. Tudo depois vira cafona. O Instagram de hoje é o Orkut de amanhã”, conclui nosso amigo, que acha também que no final o objetivo de tudo é sexo. E pronto. Pouca diferença faz como se chega lá.

Já um colega de firma que não quis se identificar (não por ser gay, mas por ser viciado em iPhone) pensa diferente. Ao nos ver comentando esta pauta, ele apareceu aos gritos. “Gente, só não tem iPhone gay que tem namorado! Quem é solteiro e não tem, coitado, tá ferrado, a paquera agora acontece toda por lá.”

Calma. Nem tudo está perdido. “A pegação continua nas ruas, nas boates, nos mesmos lugares. A tecnologia não mudou nada”, diz Vitor Angelo, que não sabia o que era o Grindr até ser informado por esta que vos escreve. Juro!

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