Nem vem!
Ser turista é uma arte dominada por poucos. Para o resto, o céu é o limite. Quando esbarro com algum amigo que mora aqui com olheiras verdes, pode escrever: o cara tá com hóspedes em casa. O problema é que quando a turistada se convida para ficar no seu cantinho esquece (ou não faz questão de lembrar) que em Nova York não há espaço, não há área de serviço, banheiro extra, empregada ou qualquer mordomia. E que quem mora aqui não está de férias. Pior ainda é saber que o dono da casa que diz não é visto como chato. Fazer o quê? Resta, apenas, saber colocar limites nos visitantes.
Quem não coloca os tais limites já era: tem aquele turista que se perde no metrô e sempre chega atrasado, aquele que não sabe calcular a gorjeta pro garçom, aquele que não fala patavina de inglês, pede para traduzir item por item do cardápio e não pode te acompanhar no cinema. Tem aquele que economiza no hotel acampando na sua sala, mas pra compensar entope a casa com sacolas da Gucci e aquele que pede todas as dicas de museus mas no fim não sai da Macy's. Há o tipo que vem pros EUA para falar mal de americanos, outros que querem te levar pro topo do Empire State, que vêm com 876 encomendas da família e não fazem nada além disso. E tem aquele que quer que você o acompanhe em todos os lugares mas não te paga um jantar. Por isso, até tirarem esses cartazes da esquina, vou sair de casa e ir para o outro lado da rua.
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Nota da redação
Tá a fim de botar uma alça nessa mala? Quer evitar tomar um não, exercitar a sua educação e engrossar o movimento "turista do bem?" Fuce os links abaixo:
On the Ave Hotel
Holiday Inn
YMCA
Hotel.com